Em março, 103.900 pessoas foram expulsas pela US Customs and Border Protection sob o Título 42, que permite que a Alfândega e Proteção de Fronteiras deportem migrantes sem documentos para evitar a disseminação do covid-19 nas instalações de detenção.
Funcionários da administração disseram que esse número representou 60% do total de encontros em março, e 28% dos migrantes já haviam sido anteriormente expulsos pelo mesmo título. Sendo assim, os migrantes são deportados para o México, mas uma parte tenta voltar para os Estados Unidos, apesar da política, e são novamente expulsos.
Houve 17.345 famílias expulsas sob o Título 42, afirmam os dados, mas 35.559 unidades familiares foram processadas sob o Título 8, o que significa que violaram a lei de imigração ao entrar no país entre os portos de entrada, mas podem fazer um pedido de medo crível para obter asilo no país.
Dos migrantes apreendidos na fronteira dos Estados Unidos com o México, apenas 4.136 cruzaram as portas de entrada, enquanto 168.195 foram apreendidos pela Patrulha de Fronteira na tentativa de entrar nos EUA.
O número de pessoas tentando entrar nos EUA ao longo da fronteira sudoeste em março, foi bem maior que o documentado em fevereiro quando 100.441 pessoas tentaram migrar aos Estados Unidos, de acordo com a análise dos números dos funcionários do governo Biden, que foram divulgados na última quinta-feira (08).
A agência também encontrou 18.890 crianças desacompanhadas da América Central, o dobro do número de crianças encontradas em fevereiro quando 9.297 menores desacompanhados ou solteiros foram encontrados em fevereiro.
Biden nomeou o vice-presidente Kamala Harris para trabalhar com os países do Triângulo Norte e o México para ajudar a conter a migração proveniente da América Central.
Um número crescente de migrantes tem vindo para a fronteira há meses, enquanto a Casa Branca luta para abrigá-los e encontrar família ou patrocinadores. Tanto legisladores republicanos quanto democratas chamaram a situação na fronteira de "crise" e criticaram a forma como o presidente Joe Biden a tratou.
Os analistas de imigração apontam uma variedade de fatores para explicar o atual aumento do número de migrantes que chegam à fronteira sul.
Enquanto muitas pessoas que viajam para a fronteira buscam oportunidades econômicas, outras fogem da violência contínua e da degradação ambiental, de acordo com Douglas Massey, professor de sociologia da Princeton School of Public and International Affairs.
Fonte: USA Today
