O governo Biden anunciou na última sexta-feira (30) que cancelaria todas as construções no muro da fronteira que foram pagas com fundos militares redirecionados. O governo Trump aumentou o uso de dólares do Department of Homeland Security (DHS) para construir partes do muro da fronteira depois que o Congresso se recusou a apropriar dinheiro para o projeto no início de 2019.
Ainda na sexta-feira, o porta-voz adjunto do Pentágono, Jamal Brown, disse: "De acordo com a proclamação [do presidente Biden], o Departamento de Defesa está cancelando todos os projetos de construção de barreiras de fronteira pagos com fundos originalmente destinados a outras missões militares e funções, como escolas para crianças militares , projetos de construção militar no exterior em nações parceiras e a conta de equipamentos da Guarda Nacional e da Reserva".
Em uma declaração, o deputado John Garamendi, Presidente do Subcomitê de Preparação do Comitê de Serviços Armados da Câmara, criticou o desvio de fundos da administração Trump, dizendo que “nenhum presidente deve ter permissão para contornar o poder constitucionalmente definido da verba que foi concedida ao Congresso. (...) O anúncio de hoje é uma vitória para nossas tropas, nossa nação e nossa Constituição”, afirmou.
Não ficou claro se o plano da administração Biden interromperia permanentemente todos os projetos de construção de paredes ao longo da fronteira sul, como aqueles pagos com o orçamento do Departamento de Segurança Interna, mas esses projetos permanecem em pausa.
Ao mesmo tempo, o Departamento de Segurança Interna anunciou que começaria a reparar os danos que a construção do muro de fronteira causou ao sistema de barreira contra enchentes do Vale do Rio Grande e à erosão do solo em San Diego. O DHS disse que em breve concluirá um plano para identificar áreas adicionais danificadas pela construção do muro de fronteira.
Como candidato, Biden prometeu não construir "nem mais um pé" de muro de fronteira. Uma vez no cargo, ele pausou toda a construção do muro de fronteira e encomendou uma revisão de 60 dias para examinar como os fundos militares foram redirecionados para a construção do muro, mas a revisão se arrastou para além do prazo.
Fonte: NBC News
