Biden aposta nas deportações para conter imigração ilegal

A fim de diminuir a imigração ilegal para os Estados Unidos, o governo Biden tem tomado medidas mais rígidas. Passou a acelerar as deportações e processos judiciais de imigrantes que cruzam a fronteira sul ilegalmente e coloca como criminoso imigrante deportado que tenta a reentrada ilegal.

O aumento nas apreensões na fronteira, a superlotação dentro das instalações da Patrulha da Fronteira operando com capacidade limitada e as crescentes preocupações com o aumento das infecções por coronavírus levaram o governo a reformular sua abordagem e a empregar medidas que têm sido historicamente usadas para impedir a imigração ilegal.

Agentes dos EUA ao longo da fronteira com o México fizeram 210.000 apreensões de imigrantes em julho, um total mensal não visto desde 2000, de acordo com números preliminares. Cerca de 80.000 pais e filhos (incluídos como famílias) e 19.000 menores desacompanhados, uma alta de todos os tempos, estavam entre os levados para a custódia da fronteira dos EUA no mês passado.

A ordem de saúde pública imposta por Trump pela pandemia, a Título 42, foi prorrogada indefinidamente na semana passada, de acordo com funcionários do Departamento de Segurança Interna (DHS), que disseram que as expulsões visam impedir travessias de fronteira repetidas e a disseminação do coronavírus. Sob a ordem, imigrantes da América Central são devolvidos ao México.

O governo Biden também reiniciou os voos de "remoção acelerada" para algumas famílias de imigrantes. Desde o final de julho, os EUA realizaram seis voos de remoção rápida para a América Central, deportando 242 pais e crianças imigrantes durante o procedimento, disseram funcionários do DHS.

Os esforços de fiscalização marcam um capítulo novo e mais rigoroso na política de fronteira do governo Biden, que anteriormente se concentrava na expansão da capacidade de asilo.