Vários trabalhadores imigrantes hispânicos foram vítimas de crimes de ódio no fim de semana em Long Island, no condado de Suffolk, Nova York. Eles foram atraídos por Christopher Cella, que tentou matá-los.
Os imigrantes disseram que estavam esperando por algum trabalho do dia, como é comum na comunidade imigrante em diversas cidades dos EUA para aqueles que não têm trabalho fixo.
As vítimas estavam em um 7-Eleven em Farmingville, na estrada em La Placita, um local comum de espera de trabalho por imigrantes. Em momentos diferentes, três hispânicos foram chamados por ele como se fosse para algum tipo de trabalho, e transportados para perto de um complexo de condomínio e canteiro de obras, onde foram espancados e sufocados.
“Ele passou por um beco sem saída e segurou o pescoço assim, deu um soco algumas vezes e então meu irmão tentou se soltar e fugir”, disse Lalo Cervantes, irmão de uma das vítimas.
“Estamos vindo aqui em busca de trabalho”, disse Lorenzo Ortega. “Sim, estamos com medo. Nunca se sabe se alguém aparece e faz isso de novo", acrescentando quando questionado se tem medo.
“Profundamente ultrajante e perturbador, especialmente nessas áreas do condado de Suffolk, há um histórico de violência direcionada contra imigrantes, contra latinos”, disse Rodman Serrano, do grupo Make The Road NY.
Câmeras de segurança registraram os ataques, o que ajudou a identificá-lo e a comprovar as agressões.
Cella foi acusado de crimes de ódio, agressão e prisão ilegal segundo a polícia. Ele foi colocado em liberdade supervisionada com monitoramento eletrônico. Sua família alega que ele está fazendo uso de remédios prescritos que não são para ele e que por isso pode estar sofrendo de alguns problemas de saúde mental.
Ele, por sua vez, negou que os episódios tenham motivação racial e disse que um deles foi por trabalho anterior. “Não é uma questão de racismo”, disse ele em uma entrevista ao NY Times. “Eu pretendia apenas levar os homens a locais remotos e abandoná-los para terem dificuldade de chegar em suas casas. Não tinha intenção e entrar em confronto físico”, continuou. “Minha intenção não era fazer nada para prejudicá-los”, finalizou.
Ele também alegou que ataques foram resultado de estar sob a influência de Xanax, uma droga psiquiátrica prescrita para tratar ansiedade e transtornos de pânico.