DHS vai usar cães robôs para patrulhar fronteira EUA-México

Por Arlaine Castro

A finalidade para esses robôs na fronteira é patrulhamento com câmeras e sensores em áreas onde os agentes humanos não chegam.

O Departamento de Segurança Interna (DHS) está investindo no patrulhamento em partes da fronteira EUA-México com "cães robôs".

A finalidade para esses robôs na fronteira é patrulhamento com câmeras e sensores. Eles podem circular de forma autônoma ou ser controlados remotamente, enviando vídeo ao vivo para os operadores.

Especificamente, o departamento está implantando esses robôs do tipo Spot para patrulhar trechos que poderiam ser inóspitos para agentes humanos.

"A fronteira sul pode ser um lugar inóspito para homens e animais, e é exatamente por isso que uma máquina pode se destacar lá", disse Brenda Long, do DHS, em um comunicado vinculado à notícia. “Esta iniciativa liderada por C&T se concentra em Veículos Automatizados de Vigilância Terrestre, ou o que chamamos de ‘AGSVs’.

O programa está em parceria com a Ghost Robots, uma empresa sediada na Filadélfia que, no passado, trabalhou com grandes corporações como a Verizon. Mais recentemente, a empresa ganhou as manchetes quando um de seus robôs foi visto ostentando um rifle sniper de controle remoto (SWORD Defense Systems Special Purpose Unmanned Rifle ou SPUR) em uma feira.

“Assim como em qualquer outro lugar, você tem seu comportamento criminoso padrão, mas ao longo da fronteira você também pode ter contrabando de pessoas, contrabando de drogas, bem como contrabando de outros tipos – incluindo armas de fogo ou até mesmo potencialmente, armas de destruição em massa”, diz o agente de alfândega e proteção de fronteiras Brett Becker em um post. “Essas atividades podem ser conduzidas por qualquer pessoa, desde um único indivíduo, até organizações criminosas transnacionais, terroristas ou governos hostis – e tudo mais.”

Não há um prazo específico para implantação, mas a agência está testando em campo robôs equipados com visão noturna.

No geral, o programa se encaixa na proposta de apoio bipartidário do governo de um “muro inteligente” na fronteira, que envolve cabos de fibra óptica sensíveis ao movimento e à luz, drones aéreos e tecnologia de reconhecimento facial para interceptar e deter imigrantes.