Texas registra tiroteio e atropelamento de imigrantes no fim de semana

Por Arlaine Castro

O atropelamento aconteceu perto de um abrigo de imigrantes e pessoas em situação de rua da cidade de Brownsville, que faz fronteira com o México.

Um homem atropelou e matou ao menos oito pessoas e deixou outras dez feridas no domingo, 7, no Texas. O atropelamento aconteceu perto de um abrigo de imigrantes e pessoas em situação de rua da cidade de Brownsville, que faz fronteira com o México.

Inicialmente com sete vítimas fatais, o prefeito de Brownsville, Trey Mendez, disse que o número de mortos aumentou para oito horas depois. O incidente aconteceu às 8h30 perto de Minnesota Road e North Bernal Road, em frente ao Ozanam Center, que é um abrigo para migrantes e sem-teto.

O investigador da polícia de Brownsville, Martin Sandoval, disse que sete vítimas morreram no local e outras 10 vítimas foram levadas para hospitais da região. Domingo à noite, a oitava pessoa morreu. A maioria das vítimas eram homens venezuelanos.

Uma das vítimas, Luis Herrera, disse que estava sentada no meio-fio perto de um ponto de ônibus quando um Range Rover cinza colidiu com o grupo. Eles estavam esperando para ir ao aeroporto quando foram atingidos pelo veículo.

O incidente acontece no momento em que os Estados Unidos se preparam para suspender a aplicação de uma norma sanitária utilizada durante a pandemia para expulsar migrantes na fronteira com o México.

A medida, conhecida como Título 42, foi criada no início da pandemia e permitiu às autoridades empregarem protocolos anticovid para impedir a entrada de milhões de migrantes em território americano eles eram expulsos sem a chance de pedir asilo.

No último sábado (6), o Texas já havia sido cenário de outra tragédia. Um homem matou a tiros ao menos nove pessoas e feriu pelo menos outras sete em um shopping na cidade de Allen. De acordo com a polícia, o suspeito foi morto por um agente após começar a disparar do lado de fora do centro comercial.

O chefe do corpo de bombeiros da região, Jon Boyd, afirmou que seu departamento levou pelo menos nove vítimas com ferimentos a bala para hospitais, duas das quais morreram. Entre os feridos, três passaram por cirurgias de emergência e quatro estavam em condição estável, disse Boyd.

Ataques a tiros viraram comuns nos EUA. Em 2023, aconteceram ao menos 198, o maior número desde 2016, segundo a ONG Gun Violence Archive. Com mais armas de fogo que habitantes, o país tem a maior taxa de mortes por armas de fogo entre nações desenvolvidas: 49 mil em 2021, contra 45 mil em 2020.