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Confusão em MA: ICE teria usado neto como 'isca' para prender brasileira
Acusação aponta uso de tática para contornar falta de mandado judicial
A polícia de imigração dos Estados Unidos (ICE) teria usado a família de Rosane Ferreira de Oliveira como "isca" para prendê-la, segundo informações da revista americana ‘Rolling Stone’. A brasileira, que vive ilegalmente no país desde 2022, foi presa na rua após ser atraída ao local por uma ligação de sua filha.
Como Tudo Aconteceu
A prisão de uma brasileira pelo ICE gerou revolta entre os moradores de um bairro de Worcester, em Massachusetts, que tentaram impedir que ela fosse levada pelos agentes, na quinta-feira (8). O vídeo do momento circulou pelas redes sociais.
De acordo com a publicação, agentes do ICE abordaram as filhas e o neto de Rosane na porta de casa. Augusta Clara, sua filha de 21 anos, estava com seu bebê de três meses e teria sido ameaçada de prisão, enquanto sua irmã mais nova, de 17 anos, foi pressionada a chamar a mãe para buscar a criança. Quando Rosane chegou ao local, foi imediatamente detida, mesmo tentando resistir, como mostram vídeos divulgados por testemunhas.
A abordagem causou desespero entre os familiares e vizinhos. Em meio à confusão, uma das filhas de Rosane foi jogada ao chão e teve o rosto pressionado contra o asfalto, sendo detida sob acusações de colocar o bebê em perigo, perturbar a paz, conduta desordeira e resistência à prisão. Ela foi liberada horas depois.
Contexto e Controvérsias
O Departamento de Segurança Interna dos EUA alegou que Rosane é uma "imigrante ilegal criminosa e violenta", mencionando uma prisão anterior por agressão com uma arma contra uma vítima grávida. No entanto, Augusta Clara, filha de Rosane, afirmou que o episódio foi apenas uma briga familiar, e que a "arma" mencionada era na verdade um cabo de carregador de celular, conforme registros públicos.
Além disso, Augusta afirmou que seu parceiro foi preso um dia antes do incidente por ter buzinado para um carro que o fechou, sem saber que era um veículo do ICE. Ela diz que agora vive com amigos e teme retornar para casa devido à situação.
Fonte: UOL