Departamento de Justiça dos EUA manda promotores priorizarem casos ligados a protestos por imigração

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos ordenou que seus 93 escritórios de promotores federais priorizem investigações e ações penais relacionadas a protestos e distúrbios ligados à fiscalização da imigração. Em memorando interno, a pasta cita episódios de "destruição de propriedade, agressões a agentes e obstrução de operações" migratórias em todo o país e determina “tolerância zero” para esse tipo de conduta.

O documento exige que os escritórios mantenham comunicação constante com as agências do DHS (Departamento de Segurança Interna) e do próprio DOJ (Departamento de Justiça), e que estejam com todo o corpo da Divisão Criminal em prontidão. Também orienta que sejam preparados juridicamente para apoiar operações federais nos respectivos distritos e que emitam comunicados à imprensa sempre que houver denúncia formal em casos desse tipo.

Casos já vêm sendo apresentados. Em Los Angeles, o sindicalista David Huerta responderá por conspiração, após supostamente bloquear com o próprio corpo o portão de entrada de uma base de operações do ICE (agência de imigração), incitando outros manifestantes a fazerem o mesmo. Já em Nova Jersey, a deputada democrata LaMonica McIver foi acusada de agredir dois agentes federais ao tentar impedir a prisão do prefeito de Newark durante uma ação.

McIver afirma que sua atuação foi legítima: “Os fatos vão provar que eu estava apenas fazendo meu trabalho. Esta acusação é uma tentativa clara de intimidação política”, declarou. Um porta-voz do Departamento de Justiça disse que protestos pacíficos são respeitados, mas que “violência e destruição não serão toleradas”.

Fonte: CBS