EUA reduzem validade de autorizações de trabalho para refugiados e imigrantes sob novas regras da administração Trump
Mudança diminui de cinco anos para 18 meses o tempo máximo de validade dos documentos, como parte do endurecimento das políticas migratórias após ataque a membros da Guarda Nacional em Washington.
A administração Trump anunciou, nesta quinta-feira, novas restrições às autorizações de trabalho concedidas a refugiados, asilados e outros imigrantes protegidos legalmente nos Estados Unidos. A partir de agora, os documentos terão validade máxima de 18 meses — bem abaixo dos atuais cinco anos.
A medida também afeta imigrantes com pedidos pendentes de asilo ou residência permanente (green card), processos que podem se arrastar por anos devido ao acúmulo de casos. Segundo o Serviço de Cidadania e Imigração (USCIS), a redução do prazo permitirá “triagens e verificações mais frequentes” quando houver pedidos de renovação.
O anúncio cita o ataque da semana passada contra dois membros da Guarda Nacional em Washington, D.C. O suspeito, Rahmanullah Lakanwal, afegão de 29 anos, entrou no país em 2021 e teve seu pedido de asilo aprovado em abril de 2025.
“Reduzir a validade das autorizações de trabalho garante que aqueles que desejam trabalhar aqui não representem risco à segurança pública nem promovam ideologias contrárias aos valores americanos”, afirmou o diretor do USCIS, Joseph Edlow.
A nova regra vale para pedidos enviados a partir de 5 de dezembro e também para solicitações já pendentes nessa data.
Após o ataque, que deixou um militar morto e outro gravemente ferido, o governo ampliou de forma significativa sua repressão migratória. Entre as medidas estão: suspensão de todos os pedidos de asilo avaliados pelo USCIS, paralisação de vistos e processos migratórios de cidadãos afegãos e interrupção de todos os casos — incluindo naturalizações — de imigrantes dos 19 países incluídos na “lista de restrição de viagens”.
Fontes do governo disseram à CBS News que o Executivo considera expandir a lista para um total de 30 países.
Fonte: CBS