Trump lança "Gold Card": visto de US$ 1 milhão que acelera residência e cidadania nos EUA
Novo programa promete agilizar imigração de pessoas de alta renda e gerar bilhões ao governo norte-americano
O presidente Donald Trump anunciou oficialmente o lançamento do “Trump Gold Card”, um novo programa de imigração que oferece residência acelerada nos Estados Unidos para estrangeiros capazes de pagar ao menos US$ 1 milhão ao governo. A proposta, segundo a administração, funciona como uma espécie de “green card turbinado”, criado para atrair indivíduos altamente qualificados e gerar receita direta para os cofres públicos.
O site do governo já está no ar e recebendo solicitações. Para participar, o candidato precisa pagar uma taxa inicial de US$ 15 mil ao Departamento de Segurança Interna (DHS), passar por entrevistas e checagens de antecedentes e, após aprovação, fazer uma contribuição de US$ 1 milhão ao governo federal. Em troca, o solicitante recebe residência em “tempo recorde”, de acordo com a Casa Branca.
O plano também inclui opções para empresas, que podem obter Gold Cards para funcionários ao custo de US$ 2 milhões cada. Há ainda um “Platinum Card”, no valor de US$ 5 milhões, que permite ao estrangeiro permanecer até 270 dias por ano nos EUA sem pagar imposto de renda sobre lucros obtidos fora do país.
Segundo Trump, o objetivo é reter talentos estrangeiros formados em universidades de elite, como Harvard, MIT e Wharton. A proposta substitui o antigo visto EB-5, criticado por fraudes e pela lentidão — o processo pode levar quase seis anos. Diferentemente do EB-5, o Gold Card não exige investimento em empresas americanas nem criação de empregos.
Apesar do tom celebratório do anúncio, o programa contrasta com as recentes medidas de endurecimento migratório do governo, incluindo suspensão de imigração de diversos países e paralisação temporária de decisões de asilo após o assassinato de dois soldados da Guarda Nacional em Washington, D.C.
Segundo estimativas da Economic Innovation Group, se 10 mil pessoas aderirem anualmente ao Gold Card, o governo poderia arrecadar US$ 100 bilhões em uma década. Empresas também poderão transferir o cartão para novos empregados caso o portador inicial se torne cidadão — o que pode ocorrer após cinco anos de residência, conforme prevê a lei.
O visto, no entanto, pode ser revogado por questões de segurança nacional ou antecedentes criminais considerados significativos.
Fonte: ABC/CBS