Imigrantes: Melhora o acesso às universidades.

San Francisco – Quando ingressou na escola secundária, o inglês de Matias Berna era tão limitado que não chegava a dizer corretamente os números e as cores. Quatro anos depois, estava na lista de espera para Prineton.

No entanto, Bernal é um imigrante ilegal de Cidade do México. Sem acesso à ajuda financeira e subvenções teve que deixar de lado as inscrições das universidades mais prestigiadas e preparar-se para assistir aulas na Universidade do Estado da Califórnia, em Fresno, onde pode viver com sua família e pagar a matrícula com dinheiro de bicos que nunca pensou realizar.

Cerca de 65 mil imigrantes ilegais se graduam todos os anos nas escolas secundárias dos EUA. Enquanto isso o debate imigratório segue parado em Washington. No entanto, muitos Estados chamaram a responsabilidade para si.

Várias legislaturas desde Arizona até Wyoming aprovaram este ano 56 leis que afetam diretamente os imigrantes: em sua maioria são repressivas, mas o acesso à educação superior parece ser uma área em que os imigrantes estão tendo progressos.

Nebraska acaba de se juntar a outros noves Estados, incluindo Califórnia, Texas, Nova York e Illinois, que permitem aos estudantes ilegais pagar matrículas de residente em suas instituições públicas. No entanto, Estados com densa população de imigrantes, como a Flórida, viram fracassar leis similares.

Atualmente, legisladores da Califórnia estão buscando dar o próximo passo e somar-se ao Texas e outros Estados que permitem aos estudantes indocumentados solicitar ajuda financeira do Estado para ter acesso às escolas californianas.

“A imigração é uma questão federal, mas os Estados sentem as conseqüências quando as autoridades federais não atuam”, disse o senador da Califórnia, Gil Cedillo, que elaborou o projeto de lei em seu estado. “Os Estados têm o direito e o dever de atuar em seu próprio interesse”, concluiu.