Imigrantes organizam paralisação nacional no próximo dia 16

Por Daniel Galvão

Armações grossas e quadradas: Se as armações metálicas ou ferro estão super na moda, imagina eles quadrados na cor negra? São clássicos! Bom, se você já tinha alguma dessa armação, continue usando pois ainda está “IN”.

Já imaginou se todos os imigrantes que trabalham (e vivem) nos Estados Unidos decidissem cruzar os braços juntos num mesmo dia? Qual seria o real impacto de uma ação como esta para a maior potência mundial? É exatamente esta a proposta de um movimento que vem ganhando força nas redes sociais ao convocar a comunidade estrangeira a um “Dia Sem Imigrantes”.

Motivadas pelas políticas imigatórias anunciadas pelos presidente Donald Trump, pessoas de diversas nacionalidades – brasileiros, inclusive – querem fazer desta data um marco de resistência.

Grupos no Facebook, onde normalmente se agrupam imigrantes de uma mesma nacionalidade para a troca de informações diversas, estão propagando a ideia.

O movimento – que não tem uma liderança específica ou que ao menos tenha sido identificada até agora – propõe que os imigrantes de todas as nações, no dia 16 de fevereiro, faltem ao trabalho, não abram seus negócios, não façam compras pela internet, não comam em restaurantes, não abasteçam os veículos, não enviem às escolas seus filhos e faltem as aulas de cursos ou universidades.

Num desses cartazes que vem ganhando as redes sociais, o tema proposto é: “Senhor presidente, nós somos importantes, sim, e sem nossa participação este país fica paralisado”. Já em um grupo de brasileiros na Flórida, as convocações vem ganhando adesão e as discussões partem da necessidade de posicionamento conjunto para pressionar o governo.

Mas, quem pensa que o movimento pretende ter a participação apenas de indocumentados, se engana. Residentes e até americanos estão sendo convidados a aderir ao protesto pacífico. Vale lembrar que, nos EUA, ganha-se por hora. E, um dia parado, significa prejuízo direto ao bolso do trabalhador. Sendo assim, esse talvez seja o maior desafio de quem espera que o “Dia Sem Imigrantes” seja, de fato, importante para provocar mudanças no atual cenário político americano.