Imigrantes têm acesso a perfil de juízes.

Por Gazeta Admininstrator

No passado, imigrantes só podiam contar com fofocas ou informações de bastidor para concluir se um determinado juiz de imigração tinha tendência de decidir contra ou a favor pedidos de asilo. Mas na semana passada, no entanto, foi publicado na internet a relação das sentenças prévias e antecedentes das decisões da maioria dos mais de 200 juízes de imigração.

O arquivo online mostra a taxa de recusa em casos de pedidos de asilo de cada um dos juízes, o que dá aos imigrantes e seus advogados uma nova percepção. A partir disso, os advogados podem até tentar transferir seus processos para cortes consideradas mais amigáveis.

- Você apenas tem uma chance. Na Corte aprende-se muito, mas não a tempo de isso ser útil. É como um cirurgião, você quer um que faça um bom trabalho – disse Susan Long, uma das diretoras do Transactional Records Access Clearinghouse na Syracuse University, que divulgou a informação. O projeto tem o objetivo de coletar e analisar dados federais.

Os Estados Unidos concederam asilo a 13.520 pessoas em 2005, de acordo com o serviço de estatística do departamento de Cidadania e Imigração. De acordo com a lei norte-americana, pessoas podem pedir asilo em caso de estarem sujeitas a perseguição na hipótese de retornarem a seu país, por causa de raça, religião, nacionalidade ou convicção política.

Até agora, sites como o asylumlaw.org oferecem algumas estatísticas, mas advogados de imigração dizem que a informação pode estar antiga ou incompleta. Agora, imigrantes podem aprender, por exemplo, se o juíz encarregado de seu processo alguma vez trabalhou para o antigo departamento de Imigração de Naturalização.

O advogado Geral Alberto Gonzales determinou uma revisão das cortes de imigração em janeiro deste ano, dizendo que alguns juízes mostraram condutas “tendenciosas ou até abusivas” contra requerentes de asilo.

Alguns juízes particularmente destacam-se por negar pedidos de asilo, em médias que variam de 105 de negativas até mais de 98%, de acordo com relatório da TRAC divulgado no mês passado.

O público agora tem condições de comparar a atuação dos juízes em cada corte, ou em relação a outras cortes pelo país. Também é possível verificar os dados de acordo com as principais nacionalidades.

Para ter acesso às informações consulte:

http://trac.syr.edu/immigration/reports/judgereports/ ou: http://www.asylumlaw.org/