Inglês publica obra que revela o sucesso global do Real Madrid.

Por Gazeta Admininstrator

Há alguns dias para o início da Copa do Mundo da Alemanha-2006, a editora Relume Dumará lançou neste mês no Brasil o livro "Anjos brancos à beira do inferno: os bastidores do Real Madrid", escrito pelo jornalista inglês John Carlin (tradução: Alexandre Martins). O livro conta com 324 páginas e tem o valor de R$ 44,90.

Carlin, que foi por vários anos correspondente na Argentina de diversos jornais britânicos e atualmente trabalha no El País (Espanha), mostra os bastidores da equipe do Real Madrid, explicando os motivos que levaram a equipe se tornar a "marca esportiva" mais conhecida do mundo. Para o jornalista, ex-presidente do time Florentino Pérez elevou o Real Madrid a um novo patamar do futebol mundial.

Com entrevistas exclusivas, o autor mostra como Florentino Pérez transformou o clube madrileno em uma máquina de faturar dinheiro, ressaltando as jogadas de marketing e as contratações milionárias, como a do português Luís Figo, a do francês Zinedine Zidane, a do brasileiro Ronaldo e a do inglês David Beckham, feitas pelo dirigente.

No caso de Beckham, o Carilin destaca que o meia da seleção inglesa ajudou o Real Madrid a mais do que triplicar a venda de camisas entre uma temporada e outra. O autor cita que as vendas de camisas do clube espanhol tiveram um crescimento de 900 mil para 3 milhões após chegada do jogador. "Se o Real não tivesse Beckham a bordo, não teria um obtido um faturamento tão espetacular com amistosos", escreveu o autor.

O time de "galácticos" começou a ser montado no ano de 2000, quando Florentino Pérez, um milionário da construção civil na Espanha, chegou à Presidência do Real Madrid. Na visão do dirigente, com um elenco repleto estrelas, a equipe madrilena ganharia também uma torcida global. Florentino, porém, não suportou a pressão pela falta de resultados (títulos) e pediu demissão no final de fevereiro de 2006.

"A filosofia de Florentino Pérez pôde ser vista em seu estado mais puro na temporada 2003/2004. Nunca até então um time de futebol tinha conseguido apresentar tal monopólio dos melhores atacantes do mundo. Nos cinco anos anteriores, Zidane, Ronaldo, Figo, Raúl e Roberto Carlos (o defensor mais ofensivo da história) tinham estado na seleção ideal de quase todos os apaixonados por futebol", escreveu Carlin.