Injeção letal falha e condenado agoniza antes de morrer em Oklahoma

Por Gazeta News

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Complicações com uma injeção letal fizeram com que um condenado à morte agonizasse por mais de 30 minutos durante a execução da pena em Oklahoma, na noite do dia 29. Segundo as autoridades penitenciárias, o corpo do homem teve rejeição à substância aplicada e ele morreu em decorrência de um ataque cardíaco. A falha fez as autoridades adiarem a execução de um segundo detento, prevista para ocorrer na sequência. Este foi mais um capítulo dos problemas enfrentados pelos 32 estados onde a pena capital está em vigor nos últimos anos. O difícil acesso às substâncias com as quais são feitas as injeções letais convencionais está fazendo com que alguns estados testem fórmulas alternativas, enquanto outros determinaram o uso obrigatório da cadeira elétrica se não houver medicamentos disponíveis.

Segundo o jornal local “The Oklahoman”, antes de morrer, o preso Clayton Lockett, de 38 anos, condenado à morte pelo assassinato de uma jovem de 19 anos em 1999, se contorceu e teve convulsões quando recebeu a injeção, que continha uma combinação de substâncias que nunca havia sido utilizada em Oklahoma. Era a primeira vez que o medicamento “midazolam” era usado como parte de uma injeção em Oklahoma. A injeção letal continha três componentes: um sedativo, um anestésico e uma dose letal de cloreto de potássio.

Em março, os advogados de Lockett haviam conseguido o adiamento de sua execução por falta de anestésico para a aplicação da injeção intravenosa, mas o Estado obteve a substância e decidiu mudar o procedimento de execução.

No início de abril, o estado de Oklahoma informou aos advogados dos condenados que usaria uma injeção letal com o anestésico midazolam, o paralisante brometo de pancurônio e cloreto de potássio, que interrompe o ritmo cardíaco.

Diante do ocorrido, o diretor de prisões do estado, Robert Patton, decidiu adiar por 14 dias a execução do condenado Charles Warner, prevista para ocorrer na mesma noite, de acordo com a “France Presse”. Warner foi condenado em 1997 pelo estupro e assassinato da filha de 11 meses de sua companheira.