Inovação

Por Gazeta Admininstrator

Freeman afirma que "inovação é o processo que inclui as atividades técnicas, concepção, desenvolvimento, gestão e que resulta na comercialização de novos (ou melhorados) produtos, ou na primeira utilização de novos (ou melhorados) processos".

Toda empresa, para ter sucesso, seja ela grande ou pequena, precisa ser competitiva. Para ser competitiva a empresa precisa ser inovadora. Se fizermos, produzirmos ou vendermos a mesma coisa que nosso concorrente e da mesma forma, seguramente estamos fadados à perda de margem de lucro ou mesmo ao insucesso. No mundo dos negócios, seja de comercialização, produção ou venda, precisamos ser fortes, globais e inovadores. A inovação deve ser duradoura e de difícil replicação, pois dela dependerá o tempo em que seremos capazes de ter vantagens e obter lucro. Nas empresas de serviço a inovação é tão importante quanto na área industrial.

Precisam melhorar seus processos de comunicação com os clientes, criar formas eficientes de fidelização, aprimorar os processos internos e de organização, de sorte a obter redução de custos e criar um valor adicional nas vendas. Para isso temos que inovar a cada dia, a cada minuto. Cada empresário ou profissional precisa dedicar todo tempo disponível e, pelo menos nas suas meditações de final de dia, perguntar-se: o que posso inovar? Inovar não se confunde com um processo normal de aperfeiçoamento, devidamente planejado, com os riscos calculados. Inovação é mais que tudo ousadia, criatividade. Não se pauta pela segurança, mas pelo risco. Claro não estamos falando de loucuras e atos intempestivos, mas sim de ações ou medidas criativas, diferentes. E, o mais importante: inovação é fazer mais com menos recursos. Em geral, trás um ganho de eficiência administrativa e financeira sem um investimento proporcional.

Conceitualmente, há vários tipos de inovação:

Inovação de produto, que no sentido mais abrangente poderíamos incluir a inovação tecnológica; Inovação do processo, que pode abranger a produção, a logística tanto de bens como serviços; Inovação na organização da empresa, que são mudanças na prática do negócio, na dinâmica interna, na forma e estrutura do negócio, nas formas de relação com parceiros, aliados ou clientes; Inovação no Marketing, e todas suas implicações inclusive venda, passando pela apresentação do produto, estrutura de preço e formas de promoção; A inovação pode ser feita a partir da própria empresa, pode ser obtida mediante a contratação de consultores ou comprada de terceiros, porém o importante é que seja feita. Quanto mais planejada seja a inovação, mais chance ela terá de sucesso.

Há uma empresa inglesa, do ramo químico, que sempre que lança um produto de grande sucesso, imediatamente organiza um grupo de trabalho para criar algo melhor e mais barato, de sorte a não deixar a inovação ser feita por um concorrente. O economista austríaco, Joseph Schumpeter, em seu livro "Teoria do Desenvolvimento Econômico", lançou a chamada "Destruição criadora" que acabou sendo parte essencial da teoria econômica e hoje, várias Universidades do campo de administração, têm como segmento básico do ensino de gestão.

E o que a teoria diz em essência: muitas vezes precisamos destruir o que conhecemos, os nossos hábitos, o que nos acostumamos a fazer, para podermos construir algo melhor e mais sólido. A inovação pode advir de novos conhecimentos, de crises, de necessidade, por mudança de mercado e por várias outras razões, porém, ela só ocorrerá se tivermos a mente aberta e pronta para introduzi-la. Mais ainda do que mente aberta, precisamos esta em um processo permanente de busca das inovações, pois sem ela as empresas e em particular a pequena empresa sucumbirá frente às grandes. Cabe aos donos da empresa, ou aos seus dirigentes, implantarem a cultura da inovação em sua organização, estimulando a si mesmo e a cada colaborador a tratar de inovar.

As pessoas precisam sair de seus casulos, conversarem, sentir as necessidades de seus clientes, de seus colaboradores, participarem de entidades de classe, ler, estudar e, principalmente, ter uma cabeça aberta, pensar e ter a coragem de ousar. Tenhamos em conta de que a inovação não precisa ser, necessariamente, de total ruptura com o que fazemos ou temos (embora muitas vezes o seja). Pode ser a implementação de uma melhoria, de um aperfeiçoamento do que fazemos, mas em qualquer caso, só será inovação se produzir resultados revolucionários. Para implementar as inovações precisamos sair de nossa zona de conforto, superar as acomodações e as resistências naturais às mudanças. Das inovações dependerá o sucesso de nossas empresas.

Carlo Barbieri - Advogado & Economista - Presidente do Oxford Group