Intoxicação por “Sago Palm” em Cães - Saúde Animal
O composto tóxico causa irritação gástrica no início (até 12 horas após o consumo) e quando identificado prontamente pelo proprietário e pronta procura por ajuda médica veterinária as chances de tratamento aumentam e a recuperação pode ser total caso não tenha ocorrido nenhuma lesão hepática.
Sinais clínicos no início incluem vômito, diarreia, fraqueza e depressão. Com o tempo, a toxina afeta o fígado e causa severa insuficiência hepática (icterícia, cirrose hepática, ascite). A insuficiência hepática gera problemas de coagulação (coagulopatia hepática) e aparecimento de sinais clínicos como sangramento nasal, hematomas pelo corpo e diarreia com sangue. Infelizmente não há muito a ser feito pelo cão quando o fígado é afetado. Sinais neurológicos como incoordenação e convulsões também podem acontecer dependendo da quantidade ingerida.
O ASPCA (Animal Poison Control Center) estima que a fatalidade associada ao consumo de Sago Palm em cães gira em torno de 50% a 75% dos casos e a incidência tem crescido mais de 200% nos últimos 5 anos, o que é muito preocupante. No Hospital Veterinário da Universidade da Flórida, todo mês, cães são tratados devido à intoxicação por Sago Palm e infelizmente muitos deles não sobrevivem mesmo com toda a tecnologia e serviço de atendimento ao paciente crítico especializado.
Na suspeita de intoxicação, o primeiro passo é ligar para o ASPCA (888) 426-4435, eles irão ajudar com os cuidados iniciais antes da chegada até o hospital veterinário. No hospital, seu veterinário irá iniciar fluidoterapia endovenosa e coletar sangue para avaliação das enzimas hepáticas e coagulação sanguínea. No início da intoxicação a fluidoterapia irá ajudar na perfusão hepática e a adição de antieméticos e protetores hepáticos e alguns dias de hospitalização poderão salvar o seu animal. Em estágios mais avançados, seu animal irá necessitar de múltiplas transfusões sanguínea e plasma e cuidados intensivos e monitoramento crítico e mesmo com todo este controle muitos cães não sobrevivem devido à exytensa necrose hepática, coagulopatia e septicemia.
