Investindo menos - Linha Direta

Por Cleida Cruz

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O vai-e-vem da economia desta vez está levando as empresas americanas a reduzir fortemente seus planos de investimento. Trata-se do ritmo mais acelerado de cortes desde a recessão, sinalizando um novo entrave à recuperação econômica dos Estados Unidos. Metade das 40 empresas de capital aberto que mais investem no país anunciaram a intenção de limitar despesas de capital este ano ou no próximo, segundo o “The Wall Street Journal”. Obstáculos Como já se sabe, as exportações para mercados cruciais, como China e zona do Euro, estão perdendo velocidade ou caindo devido à desaceleração mundial da economia, criando outro obstáculo aos planos de expansão de empresas. Executivos dizem estar reduzindo ou adiando grandes projetos para proteger o lucro em meio à incerteza e à queda da demanda. Um dos fatores que vêm causando recuo no investimento desde meados do ano é a incerteza em relação à política fiscal do governo. “O mundo inteiro quer estabilidade e clareza dos EUA”, diz corretamente David Seaton, diretor-presidente da Fluor Corp. As pequenas O humor, no entanto, parece estar bem melhor nas empresas pequenas do que nas grandes. Uma pesquisa da Federação Nacional de Empresas Independentes, em outubro, revelou um ligeiro aumento em despesas de capital em empresas de pequeno porte. Embora continue pior do que a média registrada antes da recessão, o sentimento geral entre as pequenas se manteve firme nos últimos meses. Construção O início de construções de novas moradias subiu para a maior taxa em mais de quatro anos em outubro por aqui, sugerindo que a recuperação do mercado imobiliário está mesmo ganhando força, apesar de as permissões para construções futuras terem caído. O Departamento do Comércio informou que o índice de novas construções avançou 3,6%, para uma taxa anual de 894 mil unidades, a maior desde julho de 2008. Guinada O mercado imobiliário deu uma reviravolta depois do colapso sem precedentes que levou a economia para sua pior recessão desde a Grande Depressão. A recuperação, marcada por um aumento nas vendas de imóveis, preços e construção, tem sido guiada pela demanda reprimida contra um cenário de baixas taxas de juros de hipotecas. O Federal Reserve tem focado o mercado imobiliário como um canal para impulsionar o crescimento. Anunciou, em setembro, que irá comprar $40 bilhões de dólares em ativos hipotecários por mês até que o cenário para emprego melhore. Black Friday Brasil Seguindo a tradição dos Estados Unidos, o Brasil definitivamente adotou o “black friday” para dar aquela impulsionada no comércio e a moda pegou. Tanto que na edição deste ano registrou crescimento de 117% em vendas em relação à versão do ano passado, atingindo R$ 217 milhões, de acordo com a ClearSale, empresa especializada em autenticação de compras virtuais. A previsão da Busca Descontos, organizadora do evento, era de uma movimentação financeira bastante inferior, em torno de R$ 135 milhões. Crise? Que crise? Enquanto isso, as vendas do “Black Friday” no varejo on-line dos EUA superaram $1bilhão de dólares pela primeira vez em 2012. Os dados da comScore dão conta de que, com cada vez mais consumidores, estão utilizando a internet para fazer suas compras de fim de ano. As vendas na internet cresceram pelo menos 22% ante os $816 milhões de dólares de vendas no mesmo dia do ano passado.  O e-commerce representa menos de 10% dos gastos nos EUA, mas está crescendo fortemente porque os compradores são atraídos por preços baixos, conveniência, transporte rápido e variedade.

Você sabia? A American Airlines criou uma forma inusitada de divertir os passageiros durante as viagens. Por meio do aplicativo “Know It All” é possível disputar partidas de Trívia (um jogo de conhecimentos gerais) entre as pessoas a bordo da aeronave, em outros voos e até no solo. Tudo via Wi-Fi. O valor do salário mínimo no Brasil, previsto para entrar em vigor em janeiro de 2013, será de R$ 674,95. Hoje o valor é de R$ 622.