Irmãos Cravinhos são presos

Por Gazeta Admininstrator

Os irmãos Daniel e Christian Cravinhos de Paula e Silva, réus confessos no assassinato do casal o casal Manfred e Marísia von Richthofen, pais da ex-estudante de direito Suzane Louize von Richthofen, foram presos nesta tarde por agentes da equipe C/Sul do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Na semana passada, o promotor Roberto Tardelli havia pedido ao presidente do 1º Tribunal do Júri da Capital, Alberto Anderson Filho, a prisão preventiva dos dois e de Suzane, que havia planejado o crime com seu então namorado, Daniel.

Os três ganharam liberdade provisória no ano passado por decisão do Superior Tribunal de Justiça. Desde que saiu da prisão, ninguém sabe o paradeiro de Suzane. Para Tardelli, ela está foragida.

O promotor, responsável pela acusação dos réus, fundamentou seu pedido em declarações dos irmãos à Rádio Jovem Pan, na semana passada.

A entrevista
Na entrevista, Daniel disse que foi a notícia de que a ex-namorada Suzane era violentada desde a infância que o convenceu a participar do assassinato dos pais dela. O autor da violência, segundo Daniel, era o próprio Manfred.

Manfred e Marísia foram assassinados a golpes de paulada, na madrugada do dia 31 de outubro de 2002. Na data, os assassinos simularam um assalto para desviar o foco da polícia.

Daniel contou que Suzane reclamava que o pai a ameaçava e abusava dela desde pequena e que, inclusive, a mãe sabia de tudo e parecia até "que gostava daquilo". "Ela me disse: ´Enquanto eu não sepultar os meus pais, não sou uma pessoa feliz´." Daniel e Christian conseguiram liberdade provisória em novembro do ano passado por decisão do Superior Tribunal de Justiça STJ, que estendeu aos irmãos o habeas-corpus concedido no final de junho a Suzane.

Daniel disse que Suzane começou a planejar o crime dois meses antes da execução. Inicialmente, segundo ele, o plano era matar o casal com uma arma de fogo da família. Os dois chegaram até a testar essa hipótese, descartada por causa do barulho, pois despertaria a atenção dos vizinhos.

O jovem disse que ainda é apaixonado pela ex-estudante de direito e que tem vontade de revê-la. Daniel disse que acreditou na história contada por Suzane e que, por amor, executou o crime. Segundo ele, Suzane era muito meiga, mas também fria, calculista, de personalidade forte e bastante inteligente. E ficou decepcionado porque o que era fato virou ficção. "Não sei por que ela omite tudo o que passou." Christian Cravinhos falou que Suzane aproveitou-se da ingenuidade do irmão Daniel para convencê-lo a participar do crime.