Israel suspende libertação de 400 palestinos

Por Gazeta Admininstrator

A ministra israelense da Justiça, Tzpi Livni, anunciou que Israel não libertará 400 presos palestinos, decisão que atribuiu ao aumento dos ataques palestinos nas últimas semanas. O anúncio da ministra foi feito após uma reunião da comissão mista palestino-israelense encarregada de debater a questão dos presos.

Segundo a equipe negociadora israelense, o governo desse país considera que o acordo alcançado entre as partes na cúpula de Sharm el-Sheikh, em 8 de fevereiro, sobre a libertação de presos palestinos, está diretamente relacionado à luta que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) deve levar a cabo para combater as facções armadas. Livni disse que enquanto a ANP nada fizer a respeito, a libertação de presos fica suspensa.

A libertação de 400 presos faz parte do entendimento alcançado entre o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, e o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, na cúpula de Sharm el-Sheikh. Os dois dirigentes haviam estipulado que Israel libertaria 900 presos, 500 dos quais já foram soltos em março, enquanto a libertação dos 400 palestinos restantes ainda depende de negociação.

O ministro palestino encarregado dos Assuntos dos Presos, Sufyan Abu Zaydeh, chefe da delegação palestina na reunião de hoje, declarou que Israel deve mostrar paciência e ser capaz de ver as medidas adotadas pela ANP contra as milícias palestinas. Além disso, Abu Zaydeh exigiu que Israel dê prioridade à libertação dos palestinos sob prisão administrativa, que poderiam ser soltos sem necessidade de modificar os critérios para a libertação de presos por "crimes e sangue".