Itália campeã do Mundial de 2006.

Por Gazeta Admininstrator

A Itália é tetracampeã do Mundo de futebol! A squadra azzurra venceu, este domingo dia 9 de Julho de 2006, a França no desempate através da marcação de grandes penalidades, tornando-se na segunda nação com mais títulos conquistados na maior prova futebolística do planeta.

Pela segunda vez na história, o jogo mais esperado do Mundo foi decidido nos castigos máximos. E depois de em 1994 a Itália não ter tido a sorte do seu lado, desta vez Pirlo, Materazzi, De Rossi, Del Piero e Grosso não cometeram erros, com o francês David Trezeguet a disparar contra a barra, entregando a glória à nação italiana, que nunca tinha vencido um jogo nos penalties em Campeonatos do Mundo.

O Estádio Olímpico de Berlim assistiu a um duelo intenso, do princípio ao fim. Zinedine Zidane parecia querer dar o maior brilho possível ao seu final de carreira quando, logo aos sete minutos da partida, inaugurou o marcador, mas Marco Materazzi, aos 19’, empatou a partida, adiando tudo para o prolongamento.

E no tempo extra (110’) estes dois jogadores voltaram a ser fundamentais, já que o médio francês agrediu, à cabeçada, o defesa italiano, vendo o inevitável cartão vermelho e manchando uma despedida que, de outra forma, seria de um enorme orgulho.

A partida:
6': Depois de uma longa e dramática pausa na partida, aguardando pelo desfecho do golpe na cabeça sofrido por Thierry Henry, vimos um dos mais fantásticos gols de abertura, depois que Marco Materazzi foi considerado culpado de impedir o avanço de Florent Malouda quando o atleta invadia a área. A cobrança de pênalti resultante viu dois candidatos à Bola de Ouro adidas frente a frente.

Zinedine Zidane ganhou esta, com um chute descarado que enganou Gianluigi Buffon, ricocheteando na trave e voltando e chegando à grama a menos de meio metro da linha.(0 a 1)

9': Materazzi, talvez inseguro de seu papel no primeiro gol francês, chegou perto de aumentar a vantagem de les bleus, mas teve de se resinar a ver o cruzamento de Willy Sagnol bater na rede pelo lado de fora, com Buffon movimentando-se freneticamente em sua linha.

14’: Com a habilidade de Andrea Pirlo perigosa como sempre, Lilian Thuram mostrou bravura admirável ao mergulhar e mandar para escanteio uma cobrança de bola parada, de uma posição que poderia facilmente resultar em um gol contra do zagueiro da Juventus.

19’: A Itália se recompôs, graça a uma potente combinação da maestria de Pirlo com bolas paradas e a habilidade aérea de Materazzi, quando o último realizou uma espetacular redenção do seu erro anterior, subindo acima da defesa francesa e mandando o escanteio do primeiro através de um indefeso Fabien Barthez. (1 a 1)

35’: Um toque de bola bonito da azzurra perto da área francesa deu a Luca Toni sua primeira chance de gol, mas Thuram deslizou de forma decisiva para fazer um corte salvador no último instante. A defesa de Raymond Domenech novamente lutou para lidar com a potência e a altura da Itália no escanteio resultante. Mas Toni cabeceou mais um cruzamento preciso de Pirlo no travessão.

Segundo tempo
47’: Henry começou o segundo tempo de forma ameaçadora, entrando na grande área da Itália e finalizando, mas sem levar muito perigo à meta de Buffon.

49’: Como no primeiro período, a Itália criou boa chance através de um escanteio, com Totti desviando para a cabeça de Cannavaro, mas seu esforço foi bloqueado por um zagueiro e a França sobreviveu.

50’: Henry mostrou um equilíbrio notável ao carregar a bola e passar por três defensores, mas seu cruzamento rasteiro não conseguiu encontrar uma camisa branca, com Zambrotta cortando e tirando a França novamente de uma situação delicada.

58’ Apesar da perda de Patrick Vieira, substituído por Alou Diarra, com uma aparente lesão por estiramento, a França continuou dominando os azzurri. Lippi respondeu colocando Daniele De Rossi e Vincenzo Iaquinta nos lugares de Francesco Totti e Simone Perrotta.

62’: A França respirou aliviada quando Toni cabeceou um tiro livre cobrado por Pirlo que venceu Barthez, mas o auxiliar levantou a bandeira indicando impedimento. Momentos depois, no outro lado do campo, Henry, sob pressão de Cannavaro, achou espaço para chutar, mas Buffon fez a defesa.

72’: Toni girou e bateu da extremidade da grande área forçando Barthez a defender o tiro rasteiro, mas o italiano havia controlado a bola com seu braço antes da finalização.

78’: Com o fim da partida mais próximo, o jogo tornou-se cada vez mais fragmentado por faltas, com nenhuma das equipes conseguindo a posse contínua da bola. Pirlo bateu uma falta a 25 metros de distância, mas a bola saiu em curva pelo lado direito da meta de Barthez.

90’ No finalzinho da partida, mesmo com a entrada de Alessandro Del Piero, a Itália ficou atrás à espera de seu final, com a França sendo incapaz de furar a linha defensiva dos azzurri.

100’ Ribery criou e então desperdiçou a primeira oportunidade da prorrogação. Ele trocou passes com Malouda na beirada da área italiana e continuou seu avanço pela área, antes de mandar a bola raspando pela trave oposta.

104’ A França dominava e Zidane perdeu um segundo gol pela excelência de Buffon. O n.º 10 deslizou a bola para Willy Sagnol e então recebeu de volta a bola em cruzamento cabeceando-a com firmeza, mas Buffon espalmou.

111’ Subitamente a final teve uma reviravolta, quando o árbitro Horácio Elizondo parou o jogo e foi para o outro lado do campo onde, depois de consultar seus bandeirinhas, expulsou Zidane por um incidente sem bola com Materazzi. Uma maneira triste para o capitão da França terminar sua gloriosa carreira.

Pênaltis:
Pirlo, Materazzi, De Rossi e Del Piero converteram suas penalidades máximas para a azzurra, mas embora Wiltord, Abidal e Sagnol tenham colocado a bola na rede para a França, o chute perdido por Trezeguet abriu as portas para que Grosso garantisse a Copa para o time de Lippi.

Conclusão: A Itália venceu de forma merecida a Copa do Mundo, depois de uma vitória apertada contra a França. Ao fazer isso, enterrou os fantasmas dos EUA 1994, quando perdeu para o Brasil na disputa de pênaltis. A França, por sua vez, refletirá por muito tempo seu infortúnio e a expulsão de Zidane.