Itamaraty encerra busca por brasileiros desaparecidos nas Bahamas

Por Gazeta News

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O delegado da Polícia Federal responsável pela operação, Raphael Baggio de Luca, afirmou na audiência que o departamento da corporação em Rondônia continua com as investigações em busca de provas ligadas aos coiotes que atuam no Brasil. “A PF está focada nos crimes correlatos ao caso do desaparecimento, como estelionato e organização criminosa”, disse o delegado.

Os desaparecidos brasileiros são dos estados de Minas Gerais, Rondônia, Pará e Tocantins. Vários parentes de desparecidos participaram da audiência de hoje, inclusive a mãe de um jovem de Goiânia, que está desaparecido desde agosto deste ano, depois de integrar outro grupo que tentava a travessia ilegal pelas Bahamas.

Famílias

As famílias dos 12 brasileiros desaparecidos vivem a angústia da falta de informações sem saberem se ainda estão vivos. O casal, Lucirlei Cárita e Regiane Viana, de Canaã dos Carajás (PA), está no grupo de desaparecidos. Lucirlei fez o último contato com a família no dia 5 de novembro de 2016 e, desde então, o clima de tristeza e preocupação paira no ar para a família. “Se eu soubesse que seria tão perigoso e iria dar nisso, eu não teria deixado meu filho ir. Eu não sabia que ele iria dessa maneira. Ele queria ir para trabalhar e dar um futuro melhor para a filha”, disse ao GAZETA Maria Vali, mãe de Lucirlei. Procurada nesta quarta-feira, 6, depois da informação do encerramento das buscas, Maria Vali disse que esperança de mãe nunca acaba. “A gente confia né? Eles não deveriam parar de buscar, mas a gente sabe como é. Só Deus sabe o sofrimento que a gente passa”, desabafou.

[caption id="attachment_153126" align="alignleft" width="182"] Maikon Eder Alves de Jesus, deparecido desde agosto de 2017.[/caption]

Em um outro caso que não faz parte do grupo, Idalira Alvez Souza de Jesus espera notícias de seu filho, Maikon Eder Alves de Jesus, de 23 anos, desaparecido desde agosto deste ano, também nas Bahamas. Ele fez o último contato com a família em 3 de agosto, quando afirmou que ele e mais seis migrantes embarcariam em breve para Miami, segundo informou ao Gazeta News o seu irmão. a família disse que, depois de ter seu pedido de visto negado por duas vezes, o jovem contratou um coiote de Minas Gerais com o objetivo de ingressar nos Estados Unidos para trabalhar.