Jean Azevedo busca seu melhor resultado no Paris-Dacar

Por Gazeta Admininstrator

Pode parecer um absurdo, mas o piloto Jean Azevedo diz que não corre riscos em sua moto no Paris-Dacar, o rali da morte. O brasileiro aposta em uma pilotagem segura e constante para tentar o melhor resultado de sua carreira. A 28ª edição da lendária competição começa no dia 31, em Lisboa. Ao longo de 16 dias, vai seguir deserto adentro pela Mauritânia, Mali, Guiné e Senegal.

Jean chegou em sétimo lugar na edição deste ano e ganhou uma etapa, mas o que surpreendeu os pilotos gringos foi a sua forma de conduzir.

- Não caí nenhuma vez. Muita gente veio falar comigo. Até mesmo pilotos de ponta caem algumas vezes - orgulha-se.

O brasileiro sabe que não pode se dar ao luxo de cair demais. Apesar de ter uma das 15 motos que a KTM desenvolveu especialmente para a próxima edição do Dacar, não receberá as regalias dos pilotos oficiais. Esses competidores privilegiados têm direito a caminhões e motociclistas de apoio.

- Eles podem andar mais rápido. Se tiverem problemas, em dez minutos chega a assistência técnica. Eu tenho que esperar três ou quatro horas pelo meu caminhão - compara Jean.

Klever Kolberg, que compete na categoria dos carros, considera normal essa distinção.

- Não sei quantas motos a KTM vende no Brasil, mas na Espanha, por exemplo, vende-se muito mais. Eles não vão ter dúvida de privilegiar um piloto espanhol ou italiano.

Apesar de carregar essas desvantagens, Jean está prestigiado. Em um boletim divulgado no site oficial do rali, ele foi considerado um dos oito favoritos entre os 240 inscritos. O piloto não se deslumbra com esse crédito.

- Estou correndo por fora. Os 20 primeiros entram no mesmo ritmo. Dá para chegar em primeiro ou em 20º. Mas vou estar lá. Se bobearem, tentarei a minha vitória.