João de Deus se entrega à polícia em Goiás

Por Gazeta News

O médium João de Deus chega à Casa Dom Inpacio Loyola, em Abadiânia.Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil
[caption id="attachment_177873" align="alignleft" width="382"] O médium João de Deus é preso em Abadiânia (GO). Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil[/caption] Após ter a prisão preventiva decretada e ser considerado foragido, o médium João de Deus se entregou à polícia neste domingo, 16, nas proximidades de Abadiânia, na região central de Goiás. João de Deus é suspeito tratamentos espirituais e sua prisão foi determinada pela Justiça na tarde de sexta, 14, a pedidde abusos sexuais durante o do Ministério Público (MP-GO) e da Polícia Civil de Goiás. Até o sábado, 15, a polícia tinha feito buscas em mais de 30 endereços em busca do médium sem sucesso. Ele já era considerado foragido pelo Ministério Público. O Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO) informou à TV Anhanguera, neste sábado (15), que João de Deus pode ter tentado ocultar patrimônio e que isso levou o órgão a acelerar o pedido de prisão do líder religioso. João de Deus já é considerado foragido, diz Ministério Público Mais de 300 mulheres afirmam ter sido vítimas do religioso. A defesa nega. A prisão é preventiva – ou seja, sem prazo para terminar. Acompanhado de advogados, João de Deus se apresentou espontaneamente ao delegado-geral e ao delegado titular da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), segundo a Polícia Civil. Ainda não existe decisão sobre o local onde ele ficará detido e a polícia também informou que não foram usadas algemas na operação. "Na hora em que eu fiquei sabendo, eu me entrego à justiça divina e a Justiça da Terra, que eu prometi, e estou indo agora me entregar, porque eu fiquei sabendo pelo meu advogado que está aqui presente, o doutor Toron", disse João de Deus à jornalista Mônica Bergamo, do jornal "Folha de S. Paulo". Milhões retirados de contas Segundo o jornal "O Globo", as investigações apontam que o líder religioso retirou R$ 35 milhões de contas e aplicações financeiras desde que as primeiras denúncias de abuso vieram à tona. “A gente já tem informações de que há providências do investigado buscando ocultar patrimônio. Este fato está sendo apurado e todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas pelo MP-GO”, disse a promotora Gabriella de Queiroz Clementino. O advogado de João de Deus, Alberto Toron, disse ao G1 que desconhece qualquer retirada de dinheiro. "Isso é da economia dele. Eu não tenho a menor informação a respeito disso. Nunca perguntei e nunca fui informado", afirmou. Supostos abusos de João de Deus chocam pacientes que viajaram da Flórida até Abadiânia Denúncias Desde o dia 10 de dezembro, uma força-tarefa foi montada para investigar as denúncias contra João de Deus depois que o programa "Conversa com Bial" divulgou o relato de 10 mulheres que disseram ter sido abusadas sexualmente pelo médium e depois disso as denúncias não pararam de chegar ao Ministério Público de Goiás e até à delegacia. Ambos órgãos, tanto o Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO) quanto a Polícia Civil, investigam a suspeita de crimes sexuais durante tratamentos feitos pelo religioso. Para atender às mulheres que não moram em Goiás, o MP-GO preparou uma sala de videoconferência. Nela, ficam os cinco promotores de Goiás que participam da força-tarefa, duas psicólogas e dois tradutores de línguas estrangeiras. “Temos casos fora do Brasil, por isso, temos a necessidade de acompanhamento para ajudar a gente a esclarecer todas essas situações”, afirma o procurador-geral do órgão, Benedito Torres. O Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO), que assim como a Polícia Civil, investiga a suspeita de crimes sexuais durante tratamentos feitos pelo religioso, havia contabilizado, até o fim da terça-feira, 11, mais de 200 denúncias contra o médium. Para atender às mulheres que não moram em Goiás, o MP-GO preparou uma sala de videoconferência. Nela, ficam os cinco promotores de Goiás que participam da força-tarefa, duas psicólogas e dois tradutores de línguas estrangeiras. “Temos casos fora do Brasil, por isso, temos a necessidade de acompanhamento para ajudar a gente a esclarecer todas essas situações”, afirma o procurador-geral do órgão, Benedito Torres. Com informações do G1.