Jogo de videogame que simula tiroteio em escola irrita pais de Parkland

Por Gazeta News

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O jogo de videogame para computador intitulado “Active Shooter”, que está previsto para ser lançado no dia 6 de junho nos Estados Unidos, e comercializado como “simulador SWAT”, foi considerado como insensível e inapropriado por pais de estudantes mortos a tiros na Marjory Stoneman Douglas, pois permite aos jogadores recriar tiroteios em escolas ao mostrar alguém escondido e atirando nos corredores. Os pais das vítimas de Parkland amplificaram a oposição ao jogo, pedindo boicotes e tentando impedir seu lançamento. Uma petição online para impedir o lançamento do jogo reuniu mais de 100.000 assinaturas na tarde de terça-feira, 29. O jogo permite que os participantes escolham entre ser um atirador que aterroriza uma escola ou membro da SWAT que responde ao tiroteio. Ele se desdobra do ponto de vista do atirador que aponta uma arma pelo corredor de uma escola ou joga uma granada em um auditório. O personagem se arrasta nos cantos e nas escadas e aparecem respingos de sangue e corpos no chão. Os membros da equipe da SWAT são mortos a tiros. Antes de ser removido do site do Steam, a descrição do jogo dizia: “Escolha seu papel, prepare-se e lute ou destrua! Seja o cara bom ou o cara mau. A escolha é sua! Apenas em "Atirador Ativo", você poderá escolher o papel de um membro Elite S.W.A.T ou o verdadeiro atirador. " O simulador foi desenvolvido por Revived Games, da Valve Corp., e lançado pela companhia Acid, que pretende vender o jogo por $5 a $10 no mercado de videogame Steam, e lançar uma versão alternativa no modo “civil”. Mas ele não será comercializado em sistema de console. A Acid disse em um blog que o jogo não promove violência e está pensando em remover o papel do atirador do jogo. “Por favor, não levem este jogo a sério. Sua finalidade é apenas servir como simulação e nada mais. Se você quiser ferir alguém, procure ajuda com psiquiatras ou ligue para 911. Obrigado.” Andrew Pollack, pai de Meadow Pollack, de 18 anos, que também foi morta na ocasião, disse tratar-se de “pessoas doentes” que estão por trás da criação e do lançamento deste jogo. Ele disse que estes tipos de jogos tornam os jovens insensíveis à tragédia que tirou a vida de sua filha. Ryan Petty, cuja filha Alaina, de 14 anos, foi morta no tiroteio em Parkland, disse em um comunicado que é "É repugnante que a Valve Corp. esteja tentando lucrar com a glamourização de tragédias que afetam nossas escolas em todo o país. Manter nossos filhos seguros é um problema real que afeta nossas comunidades e não é de forma alguma um 'jogo' ”. Um outro pai questionou na terça-feira por que Trump e o vice-presidente Mike Pence e outros políticos que culparam videogames violentos por violência armada na vida real silenciaram sobre o jogo Active Shooter. “A última coisa que precisamos é de treino de simulação em tiros nas escolas”, disse Pollack, fundador do Americans for CLASS, grupo que advoga por mais segurança nas escolas. “Criadores de videogame deveriam considerar a influência que têm. Isto realmente passa dos limites.” Com informações do NY Times.