Jogo virtual incentiva a execução de imigrantes.

Por Gazeta Admininstrator

A organização Lulac (sigla em inglês para Liga dos Cidadãos Unidos da América Latina) recrimina um jogo virtual que prega a defesa das fronteiras norte-americanas. No jogo, nomeado Border Patrol, ganha quem impedir a imigração ilegal "a qualquer preço".

De acordo com a France Presse, durante a partida o jogador, entre outros objetivos, deve matar uma mulher grávida que tenta entrar com seus dois filhos em solo norte-americano. "Jogos deste tipo tratam mexicanos e negros como criminosos e traficantes de drogas, o que é condenável. Neste caso específico, eles ainda propõem a morte de inocentes, como a de uma grávida", avalia Gabriela Lemus, representante da Lulac.

Para Lemus, "este tipo de entretenimento tira a humanidade das pessoas e incita o ódio".

Vários sites racistas e homofóbicos já divulgaram o novo jogo. A rede de TV CBS afirma ter encontrado um site hospedado no Reino Unido com o game, mas não chegou identificar o responsável pela página. "Podemos entender por que eles querem se manter no anonimato", diz o site da emissora.

Em um ambiente cheio de cactos, o jogador passa a atuar como um guarda de fronteira. Com suas armas, ele deve eliminar todos os personagens estereotipados que passam por lá: a "mulher coelho" (uma grávida com dois filhos), o nacionalista mexicano (um homem cheio de armas) e o traficante (um homem com um carregamento de folhas de maconha).

No final, o jogador se depara com a pergunta: "Então, Paco. Conseguiu o green card [documento que possibilita a permanência legal de estrangeiros nos EUA]?"