Jornalista Alberto Dines morre aos 86 anos em São Paulo

Por Arlaine Castro

Alberto Dines (Foto Ana Paula Oliveira Migliari TV Brasil EBC)
[caption id="attachment_167052" align="alignleft" width="339"] Alberto Dines. Foto: Ana Paula Oliveira Migliari/TV Brasil/EBC.[/caption] O fundador do Observatório da Imprensa, o jornalistaAlberto Dines,morreu aos 86 anos às 7h15 terça-feira, 22, em São Paulo. A morte do jornalista foi comunicada por meio de nota pelo Observatório da Imprensa - uma iniciativa que analisa a atuação da imprensa e que foi fundada por ele na década de 1990. Dines morreu no Hospital Albert Einstein, no Morumbi, Zona Sul da capital paulista, segundo nota do Observatório da Imprensa. Por decisão da família, o hospital não pode informar as causas da morte. Dines deixa mulher e quatro filhos. O sepultamento está marcado para quarta, 23, às 13h30, no cemitério de Embu das Artes. O Ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, emitiu comunicado onde expressa consternação pelo ocorrido. “Prócer da liberdade de expressão no Brasil, inclusive durante a longa noite do regime de exceção, Dines foi e seguirá sendo uma referência para todos que lutam pelas causas da democracia e de uma imprensa livre e de qualidade. Em suas sete décadas de atividade profissional, em que atuou com destaque em alguns dos principais jornais do país, Dines, condecorado recentemente com a Ordem do Rio Branco, foi, acima de tudo, um jornalista de ofício, zeloso da ética e profundamente devotado ao aperfeiçoamento da profissão no Brasil. Devo a Alberto Dines a sugestão da proposta de emenda à Constituição que permitiu a participação de pessoas jurídicas no capital social das empresas jornalísticas”, disse. O Observatório da Imprensa, que Dines fundou e conduziu ao longo de mais de vinte anos, é referência obrigatória e fonte indispensável de informações para aqueles que acompanham a política brasileira. Com sua visão crítica e autônoma, ajudou a aprimorar o trabalho fundamental que realiza a imprensa numa sociedade democrática e pluralista. O ministro salientou ainda que, a obra e exemplo de vida do jornalista “continuarão inspirando as atuais e futuras gerações na construção de um país mais próspero e justo, em que o jornalismo independente continuará sendo uma peça indispensável”.