De acordo com informações da rede de TV CBS, sua principal correspondente de assuntos internacionais, Lara Logan, está se recuperando em um hospital nos Estados Unidos após ter sido atacada e agredida sexualmente durante a cobertura da crise no Egito.
Segundo a emissora, o ataque ocorreu no dia 11, quando o presidente egípcio, Hosni Mubarak, deixou o poder após 18 dias consecutivos de protestos exigindo sua renúncia.
De acordo com a CBS, Logan e sua equipe, que incluía seguranças, estavam na Praça Tahrir, no centro do Cairo, principal palco dos protestos, cobrindo as celebrações após a renúncia de Mubarak para o programa 60 Minutes, quando foram cercados por cerca de 200 pessoas.
A jornalista foi então separada de sua equipe e dos seguranças pela multidão, conforme a CBS. “Ela foi cercada e sofreu um brutal e continuado ataque sexual e espancamento antes de ser salva por um grupo de mulheres e cerca de 20 soldados egípcios”, disse a rede de TV em um comunicado.
Segundo a CBS, Logan retornou ao seu hotel no Cairo e partiu no primeiro voo da manhã seguinte para os Estados Unidos. A jornalista de 39 anos nasceu na África do Sul e cobriu as guerras do Iraque e do Afeganistão.
A emissora disse que não iria mais comentar o caso e que Logan e sua família pediram privacidade neste momento. Segundo um relatório divulgado pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas, com sede em New York, pelo menos 52 jornalistas foram agredidos e 76 foram detidos durantes os protestos no Egito. Um repórter egípcio teria morrido após levar um tiro durante as manifestações.
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