O grupo extremista que mantinha sequestrado um jornalista de 31 anos do sul da Flórida aparentemente o matou, de acordo com um vídeo mostrando seu corpo decapitado, seguindo um comunicado no qual ele dizia estar “pagando pelo preço” da política dos Estados Unidos no Iraque. O vídeo foi publicado na internet no dia 2.
Oficiais dos Estados Unidos disseram que não podiam autenticar o vídeo postado na internet. Mas a família de Steve Sotloff considera o vídeo genuíno.
“A família sabe dessa terrível tragédia e está lamentando de forma privada”, disse o porta-voz Barak Barfi em um comunicado para aproximadamente 40 jornalistas que se reuniam do lado de fora da casa em Pinecrest. “Não haverá nenhum comentário público por parte de sua família durante este momento difícil”.
A publicação desse vídeo se deu exatamente depois de duas semanas em que outro vídeo chocante mostrou a decapitação do jornalista James Foley.
Sotloff já havia aparecido em um vídeo anterior sendo ameaçado por um rebelde, segundo o qual a vida do profissional estava nas mãos do presidente dos EUA, Barack Obama.
Sotloff foi sequestrado por militantes islâmicos em Aleppo, na Síria, em agosto de 2013, quando trabalhava como jornalista free-lancer na região. Ele prestou serviços como correspondente internacional para veículos norte-americanos, como a revista Time.
Na semana passada, Shirley Sotloff, mãe do jornalista, suplicou, em um vídeo emocionado, que o líder dos rebeldes, Abu Bakr al Baghdadi al-Quraishi al Hussaini, libertasse seu filho para que ele pudesse voltar para casa. Nas imagens, ela chamou o militante de califa do Estado Islâmico, termo pelo qual foi criticada já que usá-lo implicou reconhecê-lo como chefe supremo do califado proclamado pelos rebeldes em partes do território sírio e iraquiano.