Jovem com planos de atacar escola é preso por denúncia da avó em Washington

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_161244" align="alignleft" width="300"] Imagem ilustrativa: creative commons.[/caption] Um jovem de 18 anos foi detido quando estava em sala de aula após a avó denunciá-lo à polícia sob planos de realizar tiroteio na escola em Everett, estado de Washington. A denúncia e posterior prisão do jovem ocorreram na terça-feira, 13, um dia antes do massacre na Flórida, mas só foram divulgadas na última sexta-feira, 16, pela imprensa local. O jovem Joshua O'Connor foi detido depois que sua avó ligou para o número de emergência após encontrar um "detalhado" plano para realizar um tiroteio em massa em sua escola, a ACES Alternative High School. "Eu não posso esperar. Meu objetivo ficou muito mais preciso ... Eu não posso esperar para entrar naquela classe e explodir todos aqueles f ******", escreveu em seu diário descoberto pela avó. Segundo informações dos documentos policiais publicados pelo jornal "The Everett Day Herald", em seu plano, O'Connor escreveu sobre quantas vezes pensou em pôr em prática seu "infame" plano e causar o "maior número de vítimas possível". "Estou ansioso para ir à aula e arrebentar todas essas cabeças", escreveu o adolescente, segundo os relatórios. O jovem menciona ainda estar se preparando e "estudando muitos tiroteios massivos e aprendendo com os erros que os atiradores cometeram no passado". A avó está sendo elogiada pela atitude, inclusive pelo distrito escolar, por evitar um possível tiroteio em massa. Ela decidiu entregar o neto às autoridades por entender que o que ele planejava era algo muito assustador. Ao revistar o quarto do jovem, os policiais encontraram um fuzil AK-47 escondido em um estojo de violão, além de várias granadas de uso militar. No momento em que foi detido na escola, o jovem tinha uma faca e maconha em sua posse, segundo a polícia local. Ele foi levado sob custódia e acusado formalmente de tentativa de homicídio, tendo fiança estabelecida de US$ 5 milhões. Sua defensora pública, Rachel Forde, disse não acreditar que a polícia tenha provas suficientes de que O'Connor tomou um "passo substancial" para a realização de um assassinato. "Nesse país, nós não criminalizamos as pessoas por pensamentos. Não punimos um adolescente por exibir seu diário. Com base no que vi, o estado não tem provas suficientes de que Joshua realmente pretendia agir sobre essas reflexões", disse Forde. "Agradecemos o papel da avó na prevenção da tragédia", disse Andrew Muntz, porta-voz do Distrito Escolar de Mukilteo. "À luz do que aconteceu na Flórida ontem, suas ações demonstram a importância de contar a uma autoridade se você ouvir ou ver alguma coisa", ressaltou.