Juiz criticado por Trump rejeita ação contra construção do muro no México

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_161969" align="alignleft" width="300"] Protótipos do muro instalados na divisa com o México. Foto: Jorge Duenes, Reuters.[/caption] Um juiz federal de um tribunal de San Diego (CA) rejeitou uma ação movida pelo Estado da Califórnia e por ativistas contra a construção de um muro na fronteira com o México, removendo um importante obstáculo contra uma das principais promessas do presidente Donald Trump. Gonzalo Curiel já foi criticado por Trump por causa de sua ascendência mexicana, mas preferiu se manter a favor do presidente na emblemática sobre o muro. A ação contra o muro foi apresentada pela ONG Centro para a Diversidade Biológica (CBD), que anunciou a intenção de apelar contra a decisão que, "permitirá a Trump ignorar leis ambientais cruciais, que protegem pessoas e a vida silvestre". "O governo Trump ultrapassou completamente sua autoridade nesta pressa para construir este muro destrutivo e sem sentido", afirmou Brian Segee, advogado do CBD, que recebeu apoio de outras organizações e do estado da Califórnia. Segundo os denunciantes, a lei que dá ao governo a possibilidade de renunciar a avaliações de impacto ecológico "expirou", mas o juiz desconsiderou o argumento, alegando que não há impedimentos constitucionais para a realização da obra. No Twitter, Trump comentou a decisão do juiz de San Diego ironicamente. "Grande triunfo legal", escreveu. "Juiz dos EUA decidiu a favor do governo Trump e rejeitou a tentativa de evitar que o governo construa um grande muro na fronteira sul", completou. A construção do muro, que custará mais de US$ 20 bilhões, ainda precisa do aval do Congresso, mas trata-se de um veredito importante para Trump, já que processos movidos por questões ambientais poderiam atrasar ou bloquear o projeto. Os autores da ação prometem recorrer. Nascido em Indiana, Curiel já havia sido criticado pelo republicano, ainda durante a campanha eleitoral, por um processo de fraude envolvendo a Trump University, extinta em 2010. Na ocasião, o magnata disse que as decisões do juiz eram tomadas em função de sua origem mexicana. Com informações da ANSA.