Juiz não autoriza divulgação de fontes para o governo dos EUA

Por Gazeta Admininstrator

Um juiz de Nova York emitiu nesta quinta-feira uma sentença a favor de dois jornalistas do jornal norte-americano The New York Times em uma briga judicial com o governo norte-americano. Os dois profissionais lutam com o EUA para manter em segredo suas fontes de informação.

A procuradoria de Nova York tentava obter uma autorização para quebrar o sigilo telefônico de Judith Miller e Philip Shenon logo após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

Neste período, os jornalistas teriam obtido informações sobre os planos das autoridades norte-americanas de investigar a Global Relief Foundation, uma organização islâmica de Bridgeview (Illinois), acusada de financiar atividades terroristas. Esses planos também incluíam congelar todos os bens da organização e da Holy Land Foundation, uma outra associação islâmica.

A organização muçulmana processou o jornal por difamação em novembro de 2001, alegando não possuir nenhum tipo de relação com organizações terroristas.

O The New York Times sustenta que revelar as ligações viola a privacidade dos jornalistas e ainda traria graves problemas às fontes dos profissionais.

Em sua sentença, o juiz Robert Sweet afirmou que o governo não demonstrou ter esgotado todos os caminhos possíveis para obter a informação. Sweet ratificou que a manutenção do sigilo é protegida pela 1º emenda da Constituição dos EUA , que garante a liberdade de expressão e de imprensa.