Juíza abranda pena dos culpados pela morte de brasileiro em Winter Park

[caption id="attachment_168696" align="alignleft" width="342"] Última foto de Roger tirada com a família. Foto: Arquivo pessoal.[/caption] Mais uma vez, os pais do adolescente Roger Trindade, que morreu aos 15 anos após ser agredido em Winter Park em outubro de 2016, se mostram indignados com a justiça americana. “Estamos humilhados com tudo o que vem acontecendo nesse julgamento. Isso não é justiça”, declarou ao Gazeta News, Adriana Thomé, mãe de Roger. Adriana e Rodrigo Trindade, pais do adolescente, se dizem humilhados pela forma como a morte do filho vem sendo investigada e tratada pela justiça de Winter Park desde o início. “Eles sempre estão tentando mudar algum ponto para favorecer os menores que mataram o meu filho. Adiam audiência, mudam ou acrescentam testemunhas desconhecidas, trocam juízes. Fomos pegos de surpresa pela mudança da condenação e pelo modo como tudo está sendo conduzido”, desabafou Adriana. Na última sexta-feira, dia 15, a juíza do circuito de Orange County, Jenifer Harris, deu a sentença e voltou atrás, abrandando a pena dos acusados Simeon Hall e Jesse Sutherland, ao decretar que eles sejam sentenciados como menores e não como adultos, como estava estabelecido anteriormente. Dois acusados da morte de Roger Trindade serão julgados como adultos Primeiro adolescente é condenado pela morte do brasileiro Roger Trindade Para Adriana, que acompanha presencialmente o caso, houve algo no dia anterior ao julgamento, na qual participaram representantes do Departamento de Justiça Juvenil da Flórida, a juíza e a promotora do caso, que mudou todo o rumo da pena dos culpados. “O júri condenou os dois em abril e parece que a juíza não estava preparada para essa decisão porque eles seriam sentenciados como adultos e isso muda tudo. Pegariam prisão, o que agora não vai acontecer”, destaca Adriana, que explica ainda que na última audiência, dia 15, duas psicólogas levadas pelo Departamento Juvenil da Flórida testemunharam sobre Hall e Sutherland, onde disseram que os dois estão com quadro depressivo e “mentalmente incapazes para cumprir pena em uma prisão como adultos”. “As duas psicólogas não estavam ali dizendo o que realmente é verdades sobre os garotos. Um deles inclusive tem histórico de ter agredido outra pessoa enquanto está na condicional e isso não foi levado em consideração. Eles são perigosos sim e assim como aconteceu com meu filho, poderá acontecer de novo com qualquer outra pessoa assim que eles forem colocados de volta na rua”, desabafou. Um outro ponto que influenciou a decisão da juíza, segundo Adriana, é que a “a prisão de adulto é somente punitiva, já a condenação de menores tem caráter de reabilitação. Por isso ela (a juíza) disse que espera que os jovens cumpram pena como serviços comunitários e se ressocializem”. Para Adriana, tudo é um grande jogo, “mas não sabemos de fato o que há por trás. Essa não é, sem sombra de dúvida, a justiça sendo feita pela morte de uma pessoa. Eles (os adolescentes) mataram o Roger de forma agressiva e violenta e a justiça tenta a todo custo colocá-los como coitados”, conclui indignada. A juíza marcou nova audiência para o dia 16 de julho para dar a sentença definitiva aos dois acusados. Relembre o caso pelos links Morte de Roger Trindade muda a comunidade de Winter Park Três adolescentes são presos pela morte do brasileiro Roger Trindade Adolescentes acusados pela morte de Roger Trindade vão para prisão domiciliar Acusado pela morte de Roger é preso por nova agressão em Winter Park