Juíza ordena que ICE libere parte de imigrantes dos centros de detenção no sul da Flórida

Por Gazeta News

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Citando condições que equivalem a "punições cruéis e incomuns", a juíza federal Marcia G. Cooke determinou, na noite de quinta-feira, 30, a liberação da maioria dos imigrantes detidos pelo U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE) em três centros de detenção no sul da Flórida. As informações são do Miami Herald. A ordem é para liberação provisória, com monitoramento por telefone, check-ins ou por tornozeleira eletrônica, dos presos que não tenham cometido crimes graves e que tenham problemas de saúde.

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"Além disso, o ICE falhou em fornecer aos detidos em alguns centros de detenção máscaras, sabão e outros materiais de limpeza, e falhou em garantir que todos os detidos alojados nos três centros de detenção possam praticar o distanciamento social", escreveu Cooke, segundo o jornal. Em um pedido de 12 páginas apresentado na quinta-feira, a juíza disse que o ICE deve informar a ela dentro de três dias como planeja liberar os detentos que se enquadram nos critérios e prover medicamentos aos centenas de vulneráveis. De acordo com a juíza, o ICE tem sido indiferente às condições de saúde desses detentos diante da pandemia do coronavírus e ordenou que a agência envie relatórios semanais para prestação de contas. Após 10 dias, o ICE terá que enviar relatórios duas vezes por semana. Em dois dias, a agência deve também fornecer máscaras a todos os detidos. De acordo com a Fox News, a agência detém cerca de 30.000 imigrantes pelo país e testou apenas 705 detidos, segundo dados divulgados. A agência disse recentemente que receberia 2.000 exames por mês do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA para acelerar os testes dos detidos. Dois guardas em um centro de detenção de imigração na Louisiana morreram após contrair o coronavírus, levantando novas questões sobre se o governo dos EUA está protegendo adequadamente 30.000 detidos e a equipe que os protege.  Leia também

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