Juíza teria sido morta por quadrilha que ainda julgaria

Por Gazeta News

Manifestação em frente ao Fórum de São Gonçalo, no dia 15.

Parentes acreditam que a juíza Patrícia Acioli, executada com 21 tiros no dia 11, em Niterói (RJ), foi morta a mando de quadrilhas que respondem a processo na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo.

“Acreditamos que há relação com algum julgamento futuro”, disse Humberto Nascimento Lourival, primo da juíza. “A família não trabalha com a hipótese de crime passional. Seria muito cômodo para o Estado afirmar isso”, completou, em alusão à informação de que o namorado de Patrícia, o PM Marcelo Poubel, a teria agredido duas vezes.

Entre os processos sob responsabilidade de Patrícia Acioli estavam acusações contra policiais, milícias e grupos de extermínio. A primeira audiência que seria comandada pela juíza nesta semana, marcada para ontem, envolve o policial civil aposentado Luiz Jason Tosta Pereira, acusado de participar de cinco homicídios e integrar um grupo de extermínio na região. A sessão do júri popular será remarcada. Em audiências anteriores, o policial negou as acusações. O advogado do réu não foi encontrado para comentar o processo.

A Divisão de Homicídios pretende cruzar dados entre os réus das principais ações sob responsabilidade de Patrícia e as informações recebidas pelo Disque-Denúncia. Uma força-tarefa formada por três juízes começou a analisar os casos sob responsabilidade de Patrícia para avaliar possíveis ligações entre os réus e o assassinato.