The Jungle Book estreia nos cinemas

Por JANA NASCIMENTO NAGASE

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“Bare necessities, the simple bare necessities!”. Quem não se lembra do desenho animado do menino lobo e o urso Baloo cantando essa música, que dessa vez não será diferente? Estreia na próxima sexta-feira, dia 15 de abril, The Jungle Book, a nova versão da animação dos estúdios Disney que conta a história do garoto criado pelos animais. A trama começa quando Mowgli foge da selva depois da ameaça do tigre Shere Kahn. Guiado pela pantera Bagheera e o urso Baloo, Mowgli embarca em uma jornada de autodescoberta, mas durante esse processo ele se depara com criaturas que não têm as melhores intenções.

No papel de Mowgli está o novato Neel Sethi e no elenco de vozes estão Bill Murray, Ben Kingsley, Idris Elba, Lupita Nyong’o, Scarlett Johansson, Giancarlo Esposito, entre outros. A direção ficou por conta de Jon Favreau. O roteiro é de Justin Marks, baseado no livro de Rudyard Klipling. Vale ressaltar que The Jungle Book já estreou no exterior com muito êxito e arrecadou quase $30 milhões de dólares. Sendo assim, a Disney já deu o sinal verde para Jon Favreau para criar e dirigir uma segunda parte dessa clássica história.

Eu fui convidada recentemente para participar de uma pequena coletiva de imprensa com o diretor Jon Favreau e com os atores Neel Sethi, Sir Bem Kingsley, Lupita Nyong’o, Giancarlo Esposito e o produtor Brigham Taylor.

Durante a coletiva, eles falaram sobre os efeitos visuais do filme, o trabalho físico de Sethi, trabalho de voz, e a adaptação da obra literária infantil de Rudyard Kipling de 1967 para a nova geração.

The Jungle Book foi e é um dos filmes favoritos da minha infância e pode ter certeza que você não vai se arrepender de ir ao cinema com sua família para ver como o diretor traduziu para as telas grandes essa nova versão da clássica história do menino lobo. Além do elenco estelar que, com certeza, garante o sucesso do longa. Confira alguns trechos da coletiva. #JungleBook

Uma releitura para a nova geração

Quando perguntado sobre por que ele queria fazer o filme, o diretor Jon Favreau disse que gostaria de atualizar a história para o público moderno, mantendo o charme das versões anteriores, inclusive o clássico da Disney. "Eu estava com a ideia fixa do que podemos fazer com efeitos visuais que temos disponíveis agora, e especificamente o que foi feito no filme Gravity (do diretor Alfonso Cuarón, de 2013), onde a fotografia principal foi tratado como um elemento dos efeitos", explicou Favreau. "Então, depois de pensar muito, eu pensei, e quando todos nós nos reunimos para discutir, soou muito legal. 100 anos atrás foi o livro, há 50 anos, foi o filme de animação, e agora é hora de atualizá-lo para essa nova geração."

Por que o elenco se envolveu nesse projeto

Para Giancarlo Esposito era uma história pessoal e disse: "meus pais se divorciaram e eu tinha um irmão, então minha mãe lia "The Law of the Jungle" para nós. Porque era somente nos três", Esposito explicou, referindo-se a história original Kipling (que é citado na íntegra no novo filme). "É realmente significava muito dentro de mim. Então eu digo para as minhas filhas agora "Nunca deixe ninguém pra trás.'"

Sir Ben Kingsley disse que o diretor simplesmente o perguntou, com um "sorriso benigno," se queria interpretar Bagheera. Os dois se conheceram no set de Iron Man 3, onde Favreau admite que passou o sentir muito carinho por ele. "Sir Ben é incrivelmente generoso, carinhosos, contador de histórias maravilhosas", Favreau disse. Kingsley acrescentou: "acho que o capitão encarregado do projeto realmente traz o seu gosto para o projeto, e eu conhecia Jon o suficiente e seu talento e sua percepção da humanidade, da infância e de contar histórias eram uma mina de ouro, por isso foi uma alegria trabalhar nesse projeto com essa mente fascinante".

Quanto a Lupita Nyong'o, ela tinha encontrado Favreau mesmo com sua agenda lotada, e disse que ele contou qual era sua ideia para esta versão de The Jungle Book. "O que me impressionou foi a compaixão com que ele estava falando sobre essas personagens", disse a atriz, "havia sempre a parte artística das coisas de que ele ia fazer, mas no coração era o amor da história e visão real para cada personagem que ele estava trazendo à vida. Foi por isso que aceitei".

Jon Favreau empregou a técnica Surround Sound que foi desenvolvido para Fantasia

O fato de que Jon Favreau, em 2016, empregou a técnica de Surround Sound que Walt Disney desenvolvou para o lançamento de Fantasia em 1940 chamada Fantasound e um dos elementos mais interessantes do filme. "O Fantasound era algo que eu queria muito", Favreau admitiu. "Há algo em Fantasia que realmente fala comigo, especialmente Night at Bald Mountain." Acontece que há uma série de paralelos entre o que Favreau estava tentando fazer tecnologicamente em The Jungle Book e o tipo de inovações que Walt frequentemente experimentava. "Walt estava sempre querendo usar a tecnologia de ponta, através de multi-plane e Fantasound. Walt tinha uma visão de colocar o público no meio da música. Eu acho que eles só fizeram em dois cinemas; mas eles colocaram alto-falantes em todo o teatro, que era uma quantidade enorme de dinheiro. E eu me lembro quando eu estava falando com a minha equipe de áudio e o  compositor Jon Debney. Eu disse, 'Não seria legal explorar Fantasound neste filme?'. Foi algo que foi abandonado rapidamente. Um dos designers de áudio disse que Dolby Atmos faz a mesma coisa".

Debney é um cara da Disney, ele sabe a cultura, então ele agarrou a oportunidade." Favreau, em seguida, descreveu como foi feito e o que você vai se sentir se você assistir ao filme com Atmos. "Então nós colocamos os microfones sobre os membros da orquestra. Quando você assistir em Dolby Atmos, você vai sentir que há instrumentos que se movem em torno do teatro. Você será capaz de experimentar a visão que Walt tinha".