Júri concede $ 21,5 milhões a funcionária de hotel de Miami obrigada a trabalhar aos domingos

Por Gazeta News

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O júri de Miami concedeu US $ 21,5 milhões de indenização a uma empregada “dishwash” de um hotel por entender que seu empregador não conseguiu honrar suas crenças religiosas ao colocá-la para trabalhar repetidamente aos domingos e depois ainda demiti-la.

O hotel Conrad Miami – antigo Hilton Worldwide – é acusado de violar o Código Civil – Civil Rights Act of 1964 – em 2017 ao dispensar a funcionária, que era sempre escalada para trabalhar aos domingos, dia que ela atuava como missionária da Igreja Católica.

Marie Jean Pierre, de 60 anos, é mãe de seis crianças e é membro da Soldiers of Christ Church,um grupo missionário católico que ajuda os pobres.

Ela trabalhava como lavadora de louças no Conrad Miami, e processou a Park Hotels & Resorts, anteriormente conhecida como Hilton Worldwide. O resultado foi dado na terça-feira, 15, no Tribunal Distrital dos EUA em Miami.

"Você não pode discriminar quando alguém tem uma crença religiosa", disse o advogado de Pierre de Miami, Marc Brumer, citando a lei federal. "Você tem que acomodá-los."

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Brumer disse que os advogados do hotel argumentaram no tribunal que seus superiores nunca souberam que Pierre era uma missionária, muito menos que ela quisesse ter os domingos de folga.

No entanto, o advogado esclareceu que “havia cartas em arquivo e seu pastor foi até lá", disse Brumer.

"Estamos muito desapontados com o veredicto do júri e não acreditamos que ele seja apoiado pelos fatos deste caso ou pela lei", disse uma porta-voz do hotel. “Pretendemos apelar e demonstrar que o Conrad Miami foi e continua sendo um local acolhedor para todos os hóspedes e funcionários.”

Dentre o montante da indenização, o júri concedeu $ 35.000 em salários atrasados e $ 500.000 por danos morais e mentais.

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Pierre disse que notificou seu empregador desde o início que ela não poderia trabalhar aos domingos devido às suas crenças religiosas, de acordo com o processo. Mas em 2009, o hotel começou a agendá-la aos domingos. Pierre disse ao empregador que ela teria que deixar o emprego.

Ela foi demitida em 2016 por ‘má conduta’, ‘negligência’ e ‘faltas injustificadas’. Com informações do Sun Sentinel.