Justiça dos EUA negou pedido de adiamento no caso do vôo 1907

Por Gazeta Admininstrator

A Justiça norte-americana negou os pedidos de adiar o julgamento do caso do acidente aéreo que matou 154 pessoas em 29 de setembro, feitos pelos advogados das empresas ExcelAire e Honeywell e dos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paladino, pilotos do jato executivo que se chocou contra o Boeing da Gol.

A informação é do presidente da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907, Jorge André Cavalcante, confirmada pelo advogado Leonardo Amarante, que representa as famílias brasileiras.

A ExcelAire é a empresa dona do jato. A HoneyWell é a fabricante do transponder, equipamento eletrônico de comunicação que emite sinais capazes de identificar o avião e que, se estivesse funcionando, poderia ter impedido a colisão.

Durante a primeira audiência no tribunal de Nova York para julgar a ação movida por 21 familiares de vítimas do acidente da Gol, de acordo com Cavalcante, os advogados dos réus solicitaram que o caso só fosse julgado após a conclusão das investigações brasileiras. Para eles, a corte norte-americana não seria local apropriado para apreciar o desastre ocorrido em território brasileiro.

De acordo com o advogado Leonardo Amarante, ao negar o pedido, o juiz norte-americano manifestou o desejo de concluir o julgamento até abril de 2007. Jorge André Cavalcante, da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907, elogiou a decisão. “Isso demonstra a disposição de solucionar o caso o mais rápido possível. Sabemos que ainda teremos de apresentar todas as provas, mas, até este momento, os pilotos vinham sendo tratados como inocentes em seu país”, comentou, em entrevista à Agência Brasil.

O presidente da associação de familiares criticou a postura dos pilotos norte-americanos, chamando-os de inconseqüentes. “São, no mínimo, inexperientes, pois seguiram rota diferente da determinada pelo plano de vôo e desligaram o transponder ou não atentaram que ele estava desligado”, disse. Pior, eles têm sido inconseqüentes ao afirmar para a imprensa de seu país que agiram corretamente e que não têm responsabilidade pelo acidente.”