Justiça estabelece fiança de $50 mil dólares para brasileira acusada de ‘vender’ carteiras de motorista

Por Gazeta News

brasileira carteira motorista

A Corte de Sulfolk estabeleceu, no dia 18, uma fiança de $50 mil para a brasileira funcionária do Registry of Motor Vehicles (RMV) Adriana Ferreira, de 48 anos, que está presa desde o dia 16, por cobrar cerca de $2 mil dólares a imigrantes indocumentados em troca de uma carteira de motorista de Massachusetts. Além do pagamento, Adriana precisa entregar o passaporte para a Justiça e usar um dispositivo de monitoramento para responder o processo em liberdade. As informações são do site betomoraes.com. Durante a audiência, ainda no dia 16, Adriana se declarou inocente. No entanto, a promotoria divulgou que depois da prisão, a brasileira naturalizada americana admitiu ter aplicado 27 golpes e deve responder por todos eles. No início, a funcionária do RMV, em Watertown, Massachusetts, havia sido indiciado por cinco casos de fraude desde 2010. Os crimes incluem estelionato, suborno e corrupção.

A pena máxima prevista para um funcionário público que comete estelionato é de dez anos de prisão. O Immigration and Customes Enforcement (ICE), o Departament of Homeland Security (DHS) e a Polícia Estadual, com o apoio da Polícia de Somerville, estão investigando Adriana desde março do ano passado. De acordo com o inquérito, as vítimas da brasileira nunca receberam o documento prometido.  Ela também é acusada de oferecer o serviço de “atrasar o processo de deportação” porque teria um contato no ICE.  Entretanto, a agência afirma que “Adriana não tinha contato nem interagia com os agentes do ICE”. Nos depoimentos, as vítimas contam que quando cobravam pela documentação, Sandra as ameaçava dizendo que chamaria a Imigração. Em alguns casos,  ela chegou a ligar  para a agência, mas não está claro se o contato resultou em alguma deportação. Adriana, que mora em Bringhton, trabalhou como escriturária na corte da cidade entre 2005 e 2008. A promotoria alega que a brasileira “usou o seu trabalho anterior na Corte de Brighton para forjar certa influência no meio jurídico, embora ela não responda por nenhuma acusação feita durante aquela época”.

O inquérito aponta que Adriana é conhecida como uma pessoa que pode “ajeitar as coisas” na comunidade brasileira. A funcionária da RMV cobrava entre $500 e $4.100 dólares pelos serviços e teria faturado cerca de $8.600 entre 2009 e 2011. Desse montante, $800 dólares foram pagos por investigadores do DHS disfarçados.

As autoridades pedem para quem tiver mais informações sobre o caso, ligar para a Polícia Estadual no (617) 727-8817.