Justiça americana ordena que Herbalife reestruture operação

Por Gazeta News

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Em acordo firmado com reguladores federais americanos na sexta-feira, dia 15, a fabricante de suplementos Herbalife aceitou pagar uma multa de US$ 200 milhões e reestruturar totalmente suas operações nos Estados Unidos para finalizar uma investigação de dois anos.

Com o acordo, a Comissão Federal de Comércio encerra a investigação e a empresa consegue assim se livrar de acusações mais sérias, como a que estaria operando sob um esquema de pirâmide financeira.

Pelos termos do acordo a Herbalife terá de reformular seu sistema de gratificação para que as vendas no varejo sejam recompensadas, assim como eliminar os incentivos que premiavam distribuidores por recrutar novas pessoas para vender produtos.

Em comunicado, a Herbalife disse, porém, que os termos não mudam o seu modelo de negócio de venda direta e que as condições do acordo aplicam-se apenas às operações da empresa nos EUA, que representam cerca de 20% das vendas líquidas globais.

“O acordo é o reconhecimento de que o nosso modelo de negócio é sólido e reforça a confiança na nossa capacidade de avançar com sucesso. Caso contrário, não teríamos concordado com as condições”, afirmou Michael O. Johnson, CEO da Herbalife.

A Herbalife também pagará US$ 3 milhões em um acordo separado para encerrar uma investigação de Illinois.

Fundada em 1980, a Herbalife vende produtors para controle de peso e suplementos nutricionais por meio de uma rede de distribuidores independentes.

O método de vendas, em que algumas pessoas recebem mais dinheiro para o recrutamento de novos distribuidores do que na venda de produtos atraiu críticas e colocou a empresa na mira dos reguladores.

A Herbalife viu suas ações despencarem nos últimos anos e passou a ser alvo de críticas como a do investidor ativista Bill Ackman, que passou a apostar contra a empresa por entender que o negócio se configuraria um 'esquema de pirâmide financeira'.