Katrina provoca aumento recorde de desemprego

Por Gazeta Admininstrator

A taxa de desemprego nos EUA teve, na última semana, o maior aumento semanal em mais de dez anos, com 71 mil pessoas que entraram com pedidos de seguro desemprego no período.
Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, 68 mil desses pedidos podem ser atribuídos diretamente ao efeito da passagem do furacão Katrina, que devastou várias cidades na Costa do México há duas semanas.

O número total de pessoas recebendo o benefício na semana encerrada em 10 de setembro era de 398 mil pessoas, o maior em dois anos.

O aumento no desemprego na última semana superou até mesmo o registrado após os atentados de 11 de setembro de 2001 no país.

Unidades móveis do Departamento do Trabalho têm viajado pelas áreas atingidas pelo furacão, recebendo pedidos de benefícios sociais, mas as autoridades acreditam que o número de desempregados deve continuar aumentando.

Segundo a agência de notícias Associated Press, alguns analistas prevêem que até 400 mil pessoas possam perder o emprego em conseqüência dos problemas causados pelo Katrina.

Na semana passada, o secretário do Tesouro americano, John Snow, havia dito que o desaquecimento da economia provocado pelo furacão deve reduzir o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em meio ponto percentual em 2005.

Visita

O presidente George W. Bush, que faz sua quarta visita à região atingida pelo Katrina nesta quinta-feira, deve anunciar no local novas medidas para ajudar as pessoas afetadas pelo furacão.

O governo vem sendo pressionado a estender o prazo pelo qual as pessoas podem pedir o benefício do seguro desemprego.

Atualmente, o benefício pode ser pago por um máximo de 26 semanas, mas alguns congressistas querem estender esse período para 39 semanas, para ajudar as pessoas atingidas pelo Katrina.

O temor entre os analistas econômicos é de que o aumento de gastos do governo possa colocar pressão sobre o orçamento americano num momento em que o governo já está tendo de cobrir os grandes déficits fiscais produzidos pelos gastos militares no Iraque e no Afeganistão.