Laís Souza: colecionando medalhas, rumo a Pequim

Por Gazeta Admininstrator

Considerada a mais promissora das novas ginastas brasileiras pelo técnico da seleção nacional, o ucraniano Oleg Ostapenko, Laís Souza, de 16 anos, vem sendo apontada como uma das principais esperanças de medalha para o Brasil nas Olimpíadas de Pequim, em 2008.

No último fim de semana, a paulista confirmou a boa fase e subiu ao pódio mais duas vezes. Desta vez, na etapa francesa da Copa do Mundo, em Paris, conquistando a prata no salto sobre o cavalo e o bronze no solo. Ela também foi à final na trave de equilíbrio, mas terminou em quinto.

Com o resultado, a paulista manteve a tradição de conquistar medalhas em todas as quatro etapas disputadas até agora. Foram seis no total, sendo quatro somente no salto: uma de ouro (Cottbus), duas de prata (São Paulo e Paris) e uma de bronze (Stuttgart). A atleta ocupa atualmente a sexta colocação no ranking mundial no salto sobre o cavalo, enquanto no solo é a 16ª.

A rápida evolução de Laís está relacionada com sua estabilidade emocional. A concentração da atleta vem ajudando na conquista de bons resultados. Em entrevista ao Globo Online, Laís fala sobre suas medalhas e diz que pretende continuar treinando forte em todos os aparelhos para se tornar uma ginasta cada vez mais completa.

GLOBO ONLINE: Você já ganhou seis medalhas esse ano nas primeiras quatro etapas da Copa do Mundo. Qual o segredo dessa evolução em relação aos anos anteriores?

LAÍS: Muitos treinos diários e muita dedicação. Tenho que me manter sempre atenta ao que o técnico pede para continuar evoluindo e tendo bons resultados nas competições.

GLOBO ONLINE: Você terminou em quinto lugar na trave na etapa de Paris. Para você, o que faltou para sair mais uma medalha?

LAÍS: A trave não é a minha especialidade como nos outros dois aparelhos que eu consegui ganhar medalha agora em Paris (salto sobre o cavalo e solo). Entrei para fazer uma prova limpa, que não tivesse muitos descontos dos árbitros. É um aparelho que não me destaco muito. Não é a minha prioridade.

GLOBO ONLINE: Qual a sensação de subir ao pódio no solo, ao lado de outra brasileira (Daiane)? Você esperava?

LAÍS: Foi muito bom! Na hora que terminaram as nossas apresentações, a gente tinha quase certeza que iria dar pódio para as duas, mas não sabíamos em quais colocações.

GLOBO ONLINE: O que falta para você mostrar uma série no solo mais difícil, com a nota de partida 10?

LAÍS: Gostei muito da minha apresentação no solo em Paris. Acho que para eu apresentar uma série mais difícil só faltaria treinar outra coreografia.

GLOBO ONLINE: Você acredita que vai disputar o Mundial da Austrália?

LAÍS: Acho que vou sim. Provavelmente serei convocada. Conforme vou me destacando nas etapas da Copa do Mundo, vou tendo cada vez mais chance de garantir um lugar na equipe.

GLOBO ONLINE: Você pretende se especializar mais em um aparelho, como a Daiane dos Santos faz no solo? Ou sua meta é ser uma ginasta mais completa, como a Daniele Hypólito?

LAÍS: Minha meta é continuar treinando como venho fazendo para aperfeiçoar os movimentos. Não pretendo me dedicar somente a um aparelho. Quero sempre ter bom desempenho em todos.