Latinas lideram o número de estrangeiras que dão à luz nos EUA

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_129049" align="alignleft" width="263"] As latino-americanas ainda lideram o número de mães estrangeiras nos EUA. Foto: thaisbronislawski[/caption]

As mulheres latinas ainda têm muito mais crianças nascidas no exterior do que quaisquer outras mães imigrantes nos Estados Unidos, conforme novos dados divulgados pelo Pew Research Center, nesta quarta-feira, 26.

Apesar de ainda liderarem, o estudo sinaliza para uma mudança no perfil de imigrantes que se tornam mães nos Estados Unidos ao constatar queda de 10%, (de 2008 a 2014) das mães estrangeiras latinas e aumento de 6% (de 2010 a 2014) das mães imigrantes asiáticas, que hoje respondem por 22% dos nascimentos de crianças nos EUA por mulheres estrangeiras.

De acordo com a pesquisa, cerca de 7% de todos os nascimentos nos EUA são de imigrantes que carecem de estatuto legal.

Imigrantes têm mais filhos que americanas

Especialistas comparam os números de natalidade nos EUA e dizem que os imigrantes são a chave para o crescimento dos EUA, uma vez que menos mulheres americanas estão tendo filhos, enquanto as mulheres imigrantes têm taxas desproporcionalmente elevadas de natalidade.

O relatório apontou diminuição de 11% no número de mulheres americanas que deram à luz de 1970 a 2014, enquanto triplicou o número entre as imigrantes.

A taxa de fertilidade anual para as mulheres da América Latina é de cerca de 80,6 nascimentos por 1.000 mulheres , representando mais de metade dos nascimentos de mães imigrantes dos EUA.

William Frey, um membro sênior do Programa de Política Metropolitana do Brookings Institution, diz que se não fosse pelos imigrantes, a taxa de natalidade do país seria muito menor, o que poderia resultar em problemas futuros, como o envelhecimento da população atual.

Os demógrafos dizem que uma baixa taxa de natalidade pode resultar em um déficit na força de trabalho e incerteza de programas de segurança e de assistência social, entre outros problemas econômicos.