Lava-Jato: Dirceu é indiciado e Marcelo Odebrecht recusa delação premiada

Por Gazeta News

A Polícia Federal concluiu o inquérito da 17ª fase da Lava Jato no dia 1º e indiciou 14 pessoas, entre elas, o ex-ministro José Dirceu, que está preso na carceragem da corporação, em Curitiba, há quase um mês. O ex-ministro foi indiciado pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na tarde do dia 31, Dirceu ficou em silêncio perante à PF. Por recomendação da defesa, permaneceu calado.

Esta etapa da operação foi apelidada de “Pixuleco” em referência a como o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, tratava os valores supostamente recebidos de propina de empreiteiras que tinham contratos com a Petrobras.

José Dirceu participou da instituição do esquema de corrupção da Petrobras quando ainda estava na chefia da Casa Civil, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, de acordo com as investigações do MPF e da PF.

Até então, o ex-ministro cumpria prisão domiciliar na capital federal devido à condenação na Ação Penal 470, conhecida como “Mensalão”.

Além de Dirceu, foram indiciados nessa etapa Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, Roberto Marques, Julio Cesar dos Santos, Camila Ramos de Oliveira e Silva, Milton Pascowitch, José Adolfo Pascowitch, Fernando Horneaux de Moura, Olavo Horneaux de Moura, Renato Duque, João Vaccari Neto, Gerson Almada, Cristiano Kok e José Antunes Sobrinho.

Odebrecht O presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, também foi ouvido no dia 1º pela CPI da Petrobras. Ele admitiu que se encontrou com Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula para discutir economia e que acha isso muito normal, mas disse ainda que não tem motivos para fazer acordo de delação premiada. “Não tenho o que dedurar”.

Marcelo Odebrecht foi preso em junho como parte das investigações da Lava-Jato, sob acusação de integrar o esquema de corrupção na Petrobras e formar um cartel para obter contratos com a estatal. Ele teve a prisão prorrogada em julho. Fonte: G1.