Apertando o cinto
O mercado americano está dando sinais de que o Natal será mais magro este ano para o setor varejista, ou seja, os americanos estariam realmente apertando o cinto e mantendo a mão mais fechada justamente numa época em que tradicionalmente os consumidores dão um grande impulso à economia dos Estados Unidos. A posição oficial é cautelosamente otimista: analistas de varejo na Bain & Co. projetam que as vendas de Natal crescerão 3,5% em 2012, um pouco menos que a alta de 3,7% de 2011 e de 3,8% em 2010. Em comparação, houve aumentos de 5% ou mais em 2004 e 2005, e de 3,8% em uma média de 20 anos, segundo o Departamento de Comércio dos EUA.Preocupação
As vendas de Natal representam um quinto ou mais do total anual das vendas de varejo e podem significar a diferença entre um ano de sucesso e um ano medíocre. O consumidor americano continua preocupado com a situação do emprego, e também com o preço da gasolina e dos alimentos.Confiança
A retração dos consumidores, que são a força motriz da recuperação econômica dos EUA, tem consequências ainda mais graves porque as empresas cortaram investimentos e a produção caiu, em resposta ao desaquecimento na Europa e em países como a China. A esperança do americano tinha aumentado nos últimos meses, com o mercado de trabalho em lenta melhora e o preço dos imóveis subindo. Tanto que a confiança do consumidor alcançou em novembro o ponto mais alto nos últimos cinco anos.Esperança
Quase 60% dos consumidores disseram que planejam diminuir as despesas de Natal em antecipação ao abismo fiscal, segundo pesquisa com 1.007 adultos feita este mês, pela Ipsos para a RBC Capital Markets. A proporção de pessoas que acompanha o drama do abismo fiscal subiu de 45% em junho para 61% em novembro, informou a RBC. Mesmo assim, o consumidor americano tem um histórico de boa resistência, especialmente na época de Natal. Resta aos varejistas a esperança de que a história se repita.Procura-se pilotos
As companhias aéreas dos Estados Unidos enfrentam uma falta de pilotos que ameaça ser a mais grave desde os anos 60, agora que novas exigências quanto à experiência de recém-contratados estão prestes a entrar em vigor. E para piorar, isso acontece justo quando o setor se prepara para uma onda de aposentadorias. É que milhares de pilotos experientes em grandes aéreas em breve chegarão aos 65 anos, idade da aposentadoria obrigatória.Procura-se pilotos II
A partir de meados do ano que vem, só poderão ser contratados pilotos que tenham no mínimo 1.500 horas de vôo. Ou seja, seis vezes o mínimo atual. Isso eleva custos e o tempo de treinamento de novos pilotos, em uma época em que cortes salariais e horários mais cansativos já tornaram a profissão menos atraente. Isso vale mesmo para quem vai trabalhar como co-piloto, e não comandante da aeronave.Escondendo o jogo
Nos últimos cinco anos, mais de 20 empresas nos Estados Unidos esconderam dos investidores que estavam se preparando para pedir concordata, segundo o “The Wall Street Journal”. As empresas, incluindo a Eastman Kodak e a AMR, controladora da American Airlines, não alertaram sobre a possibilidade de buscarem proteção judicial contra credores, apesar de enfrentarem grandes dificuldades financeiras. Algumas delas só abriram o jogo bem mais tarde, em informes judiciais, que tinham preparado o terreno com antecedência para o pedido.Navegando sobre rodas
Até parece que as montadoras americanas não se preocupam com as regras mais rígidas sobre a distração no trânsito e estão lançando o que chamam de “carro conectado”. São novas tecnologias em veículos que vão desde telas de 17 polegadas no painel até serviços que acessam o Facebook e compram ingressos de cinema on-line.Navegando sobre rodas II
A General Motors Co. vai lançar, no segundo trimestre, um painel de oito polegadas com tela de toque para aplicativos, navegação na web e música on-line, que pode ser ativado por voz, toque na tela ou controles no volante. A Ford Motor Co. já permite que os motoristas enviem e recebam mensagens via Twitter e ouçam música on-line por meio da sua tecnologia Sync. Os novos Mercedes-Benz que serão lançados no segundo trimestre vão acessar o Facebook e fazer pesquisas no Google. Quem dirigir um desses Mercedes não poderá digitar textos enquanto o carro está se movimentando, mas frases pré-gravadas podem ser selecionadas com um clique.