Legisladores lançarão nova proposta migratória em 2007

Por Gazeta Admininstrator

Contando com o apoio da maioria democrática no Congresso, legisladores democratas e seus aliados republicanos estão formulando propostas que poderãom pôr milhões de imigrantes ilegais a caminho da legalização. O novo projeto é mais abrangente do que o aprovado pelo Senado na última primavera.

Os legisladores estão considerando abandonar a exigência que faria com que milhões de estrangeiros deixassem o país antes de se candidatar à regularização de status migratório. Além disso, muitos pensam em se opor ao financiamento de uma cerca de 700 milhas ao longo da fronteira com o México, uma lei defendida pelos repu-blicanos com o apoio de um significante número de democratas.
Detalhes da nova proposta, que seria apresentada no início de 2007, ainda estão sendo traçados. Os legisladores, que esperam apoio bipartidário, certamente enfrentarão resistência em determinados assuntos por parte de republicanos e democratas conservadores.
Ainda, as propostas refletem uma mudança significantes desde as eleições do último novembro, além do apoio crítico do Departamento de Segurança Interna.
Os apoiadores disseram que alguns aspectos da nova medida, que incluem o aumento da segurança na fronteira e um programa de trabalhadores visitantes, melhoraram sensivelmente desde 7 de novembro.
O Senado planeja apresentar a nova proposta migratória neste mês de janeiro visando sua aprovação em março ou abril, disseram os legisladores. A Casa dos Re-presentantes espera analisar sua versão mais tarde. O Presidente Bush disse recentemente que espera assinar uma nova lei migratória este ano.
Entre os principais legisladores que estão formulando a nova proposta estão os senadores Edward M. Kennedy, democrata de Massachusetts, John McCain, republicano do Arizona, juntamente com os representantes Jeff Flake, republicano do Arizona, e Luis V. Gutierrez, democrata de Illinois. Os quatro se encontraram em dezembro e seus auxiliares já começaram a trabalhar na proposta.
“Estou bastante esperançoso, tanto quanto aos termos abordados e o conteúdo político”, comentou Kennedy, o futuro representante do Senate Immigration, Border Security and Citizenship Subcommittee.
Kennedy reconheceu que haverão discordâncias, mas ele e outros legisladores disseram que republicanos e democratas tendem agora a trabalhar juntos para consertar um sistema considerado unanimemente falido.
A porcentagem de eleitores latinos que votaram em republicanos caiu para 29% , em contraste com 44% em 2004.
A proposta dividia os estimados 12 milhões de imigrantes ilegais em três grupos: aqueles que vivem no país há 5 anos ou mais, os que vivem entre 2 a 5 anos e outros que vivem há menos de 2 anos.
Todos, com exceção daqueles que vivem aqui no mínimo há 5 anos, cerca de 7 milhões, deveriam deixar o país temporariamente para regular seu status. Os outros que vivem há menos de 2 anos teriam que deixar os EUA e não estariam incluídos no programa de trabalhadores temporários.