Uma lei que vai permitir que as bibliotecas públicas da cidade americana de Dallas barrem o acesso de pessoas acusadas de cheirarem mal nas bibliotecas vem gerando críticas de instituições de caridade.
De acordo com a lei, que entra em vigor em fevereiro, as bibliotecas também vão poder proibir que pessoas durmam, comam, falem alto, briguem, fiquem descalças, façam sexo e se lavem nos recintos.
Os legisladores dizem que a intenção é melhorar o ambiente para os frequentadores das bibliotecas.
Instituições de caridade, entretanto, dizem que a lei prejudica injustamente a população carente.
Outras cidades
Ela foi aprovada após reclamações de usuários de que sem-teto estavam usando os banheiros das instalações e se agrupando nas proximidades das bibliotecas.
"Se as pessoas não podem cuidar da sua própria higiene e atrapalham centenas de pessoas que estão ao seu redor, é perfeitamente aceitável para a biblioteca dizer: 'você pode se sentar em outro lugar?'", diz Leslie Burger, presidente da Associação das Bibliotecas Americanas.
James Waghorne, um advogado de sem-tetos da cidade, disse que a lei discrimina ainda mais a população carente da cidade, que já sofre com a falta de banheiros públicos.
Bibliotecas de outras cidades americanas já adotaram leis parecidas.