Localizados mais de 30 corpos em incêndio na Califórnia

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_131514" align="alignleft" width="279"] De acordo com testemunhas, no local moravam e trabalhavam artistas. Foto: CNN.[/caption]

Já somam pelo menos 33 o número de corpos encontrados pelas equipes de busca sob as ruínas carbonizadas de um edifício de lofts em Oakland, na Califórnia, segundo informação das autoridades locais.

O incêndio começou em torno de 11:30pm de sexta-feira, 2, durante uma festa de música eletrônica na qual estavam dezenas de pessoas.

A operação de recuperação foi adiada por horas até que os trabalhadores pudessem entrar com segurança. O telhado tinha caído no segundo andar e, em alguns pontos, o piso do segundo andar caiu sobre o do primeiro. O prédio, que servia de base para o coletivo Ghost Ship Artists Collective, era um dos muitos que foram convertidos em lofts no distrito de Fruitvale, uma área majoritariamente latina, onde as rendas são geralmente mais baixas do que no restante de Oakland.

A polícia investiga a causa do incêndio. Cerca de 50 a 100 pessoas participavam da festa de música eletrônica. Alguns dos desaparecidos são estrangeiros, o que torna mais difícil a identificação das vítimas, que têm entre 20 e 30 anos.

O sargento Ray Kelly, porta-voz do escritório do xerife do condado de Alameda, disse que mais corpos foram localizadas na tarde desse domingo, 4, enquanto as autoridades peneiravam os detritos do prédio de dois andares, usado por um coletivo de artistas.

Os bombeiros estão considerando o mais mortífero incêndio na história da cidade.

“Confirmamos o número de mortos em 30. É um número astronômico, e ainda não terminamos”, disse o sargento da polícia Ray Kelly, acrescentando que a identificação dos corpos levará tempo.

Os bombeiros trabalharam durante 12 horas para entrar no edifício por meio de uma brecha aberta em uma parede, explicou uma chefe do batalhão de bombeiros da cidade, Melinda Drayton.

— Será preciso vários dias para vasculhar todo o prédio — que é um armazém transformado por um coletivo de artistas em um local de trabalho e moradia.

Um centro de assistência familiar foi estabelecido para reunir informações sobre as pessoas desaparecidas e informar os parentes. A investigação deverá estabelecer se os proprietários do armazém e seus ocupantes tinham todas as autorizações necessárias para utilizar o local.

Algumas testemunhas relataram que artistas viviam no local, mas o edifício deveria funcionar apenas como “local de trabalho”, segundo a prefeita de Oakland, Libby Schaaf.

O armazém tinha várias divisórias que haviam sido acrescentadas, e uma escada construída provisoriamente.

Algumas das mudanças na estrutura tornaram extremamente difícil escapar do incêndio, explicou a chefe do corpo de bombeiros, Teresa Deloach-Reed, em entrevista coletiva.

Nenhum detector de fumaça parece ter sido ativado durante o incêndio. O fotógrafo Bob Mule, frequentador do local, disse à rede de TV KTVU que não conseguiu acionar o extintor.

Oakland é uma cidade de 420 mil habitantes situada diante de São Francisco, do outro lado da baía de mesmo nome. Apesar de já ter tido fama de cidade insegura, hoje atrai setores em busca de aluguéis mais baratos do que em São Francisco.

Com informações da Reuters e CNN.