Lula nega ser dono de sítio em Atibaia e apartamento no Guarujá

Por Gazeta News

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O ex-presidente Lula nega ser o dono de um triplex no Guarujá, litoral norte de São Paulo, e de uma propriedade em Atibaia, no interior do estado, depois de questionamentos sobre a relação dos imóveis com construtoras investigadas pela Lava-Jato.

Lula e Marisa foram intimados na semana passada a depor, no próximo dia 17, como investigados em inquérito do Ministério Público Estadual que apura oito empreendimentos da Cooperativa Habitacional dos Bancários do Estado de São Paulo (Bancoop) assumidos pela OAS, alvo da Lava Jato por formação de cartel na Petrobras entre 2004 e 2014. Um desses empreendimentos é o condomínio Solaris - também alvo da Operação Triplo X, 22.ª fase da Lava Jato.

O site da revista “Época” mostra que Lula e a família viajaram 111 vezes ao sítio, ao longo de quatro anos, uma média de uma visita a cada duas semanas. A propriedade tem mais de 170 mil metros quadrados, o que equivale a 24 campos de futebol. Ela fica no meio da mata, tem piscina e um lago.

Apesar de tantas visitas, o ex-presidente Lula diz que usa o sítio somente para descansar e que o lugar pertence a amigos da família. No cartório, o sítio está registrado em nome de Fernando Bittar e Jonas Suassuna, sócios de Fabio Luis da Silva, filho de Lula.

Em nota divulgada no dia 30 de janeiro, o instituto havia afirmado que a mulher do ex-presidente, Marisa Letícia, fez a reserva de um apartamento padrão no prédio, que inicialmente seria construído pela Bancoop, a cooperativa do sindicato dos bancários, mas deixou de fazer o pagamento das parcelas da unidade quando a OAS assumiu o empreendimento, em 2009. A nota informou ainda que o pedido do resgate do dinheiro aplicado só foi feito em 2015.

Os promotores perguntam por que Lula e dona Marisa demoraram seis anos para pedir a restituição dos valores pagos e questiona a decisão da família de solicitar a restituição da Bancoop e não da OAS, que assumiu a obra. O pedido foi feito apenas após os fatos virem à tona. Os promotores também querem saber “por que a OAS arcou com o pagamento de uma reforma de quase R$ 1 milhão, sem um comprador pré-reservado” de outra unidade dentro do mesmo edifício.