Madeira plástica - Pense Green

Por Fernando Rebouças

Aparentemente parece uma madeira natural, mas a madeira plástica é composta por plástico reciclado e possui metade da massa da madeira e pode ser fabricada e utilizada nos mesmos formatos da madeira natural em móveis, tábuas, portas, prateleiras entre outros produtos.

Além de não exigir o desmate de mata nativa e replantada, a madeira plástica apresenta mais durabilidade por não requerer pesticidas contra cupim, é mais fácil de ser limpa e conservada, podendo ser moldada, parafusada e serrada. Apresenta superfície impermeável.

Em sua composição o plástico pode ser acrescido de porções de minerais, fibras naturais e vidros, materiais que aumentam a sua resistência e estabilidade. Nos EUA, esse produto tem sido cada vez mais utilizado na construção de bancos de praças, mesas em espaços públicos, cercas e demais instalações públicas. No Brasil, a produção e oferta desse material ainda inicia seus primeiros passos.

Em São Paulo, as cruzetas (suportes suspensos em postes elétricos para instalação de fios) começaram a ser produzidos a partir da madeira plástica pela recicladora Wisewood, que também está implementando o material para a produção de dormentes de linhas de trem.

O plástico reciclável para a produção da madeira plástica pode ser proveniente de garrafas PET, sacolas plásticas e demais embalagens descartáveis. Depois de moer todo o lixo plástico, o mesmo passa por um processo de moldagem. A produção da madeira plástica protege as árvores e retira o plástico descartado dos lixões e aterros, onde polui o solo, impede movimento dos lençóis freáticos e nas ruas entope bueiros e redes de esgotos.

Há também o fator social. A produção dessa nova madeira gera emprego em diversas áreas e fortalece o mercado sustentável. Enquanto que a madeira natural corre o risco de apodrecer, a madeira plástica não apodrece e possui o tempo médio de 50 anos de duração.

Um dos principais desafios para as fábricas de produção de madeira plástica é a seleção do plástico descartado em boas condições de reaproveitamento, pois, no Brasil, ainda há a carência de uma boa gestão de resíduos nprincipais cidades.